4.3.13

1999 um ano cheio de descobertas no rio Mararú

Sou uma pessoa de origem cabocla de sangue amazônico que vem de um povo que me orgulho de ser gurupaense.É uma honra ter sangue desta terra sagrada,banhada pelas águas do rio amazonas disputas de holandeses e portugueses,origem dos índios Mariocay.Gurupá é minha raiz e minha história,modifiquei meu destino ao conviver com os anseios e sonhos do povo. Me emociono a cada dia reescrever minha história,tenho sonhos e assim como o povo sou fruto da'quilo que sonhamos e a única maneira de descobrir os limites do possível é ir além do impossível e ousar aventurar-se pois sonhos não tem limites nem fronteiras.Assim como minha vida! lembro quando tinha meus 17 anos estava profundo conhecedor do socialismo, as ideais fervilhavam sobre Guevara e Marx,para quem viveu aquela época de efervescência cultural na praça da republica sabe que estou falando.Aquele tempo foi marcante onde todas tribos e idéias se encontravam na praça da liberdade e surgia modas,gírias e movimentos anarquistas e roqueiros de plantão,o cenário rebelde foi palco de todas revoluções,poesias e conquistas do movimento estudantil.Conceitos de lealdade e liberdade,tudo acontecia e as passeatas nos levavam a ter um consciência de luta,assumir um postura em que não se podia ficar parado entre bandeiras de agremiações estudantil e partidos da esquerda. Era preciso usar o espaço para expor minha ideologia socialista e criticar a sociedade que estava desmoronando ao qual não fazia parte,mais tudo se acabava em longas tardes na praça,regado a vodka e vinho barato,a fumaça da ideologia era a essência que eles produziam,vi que aquilo não ia me levar a luta,tinha que denunciar o preconceito racial,a violência policial afinal tínhamos tantas ideais que não sabíamos fazer com elas,era nesse fase que conheci meu grande amigo Wagner,fizemos da amizade demonstrações de lealdade,afinal mostrei a todos que compartilharam essa fase comigo que nesse mundo a amizade e confiança são essenciais para mantermos vivos. Sempre li muito me tornei trotskista em reuniões intermináveis, de intelectuais burgueses que debatiam questões sociais mais não tinham coragem de ir para luta, está luta de classe sempre nos colocou em trincheiras opostas e a ruptura foi conseqüência, adquiri nas leituras, hábitos de escrever diário e anotava tudo, que vivia e aprendia meus pensamento e minha visão sobre a vida e a política. Mais foi o francês Jean-Jaques Rosseau,que mais me impressionou cujas ideais de um homem natural era essencial para renovar-se,o homem natural nasce com uma natureza boa e é corrompida pela civilização,em seu livro ''contrato social'',ele diz que o homem nasce livre,mas onde quer que esteja,ele está acorrentado. Depois de ler bastante preferi pensar e desenvolver minha consciência crítica,pensar,agir e ter novas informações.Aquele momento em que aprendi a lidar com a Internet aos 17 anos após fazer um curso me fez ver um outro mundo,saber da história dos movimentos revolucionários da América - latina era uma espécie de convite a luta!Meu pensar crítico me fez atravessar para o outro lado do asfalto, vi de perto a desigualdade social e isso provocou em mim mudanças. Quando dei uma guinada de 180º graus aos 18 anos após sair de casa para o rio mararú,deixei a capital paraense depois de uma seqüência de erros primários que teve efeito domino,tive que aprender a viver longe da agitação urbana,faltava peças de um quebra-cabeça de minha vida e lá encontrei minha verdadeira história,participei de um processo equivocado de mudar o mundo e acabei me envolvendo em muitas coisas,o que tinha a fazer lutar por minha ideologia esquerdista e voltar a estudar,terminei meu ensino fundamental,onde na escola sempre fui um péssimo estudante e um bom militante,agora tinha que ser um bom estudante para virar líder estudantil

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