4.3.13

Relatos do meu diario pessoal em 1999, viagens insqueciveis sobre mim!

O problema do ribeirinho é a distância da cidade e muita dificuldade era ter um atendimento digno de saúde,tudo isto me fazia escrever,ter sonhos não significa mergulhar na utopia e sim acreditar que tudo é possível a diferença que sabemos que destruímos e continuamos a fazer tudo errado,ter consciência crítica pois em Gurupá estão minhas raízes,coisas que não posso perder são cenários de minha vida que me dão a essência da poesia proletária,valorizei tudo e aprendi junto com aquelas pessoas. Trabalhando na fábrica de conserva de palmito do meu pai,rebocando jangadas de madeira tipo virola nos municípios de Breves,Anajás,eram viagens intermináveis mais me dava o direito de conhecer as pessoas e conviver com os costumes que eles ensinavam,era uma cultura de sobrevivência muito importante para meus diários,lendo bastante o dia e a noite viajando superei a dor e distância de minha avó Palmira,meus dias no exílio estava numa delicada opinião onde o homem devasta e explora sua maior riqueza a extração de madeira sem replantio, palmito sendo vendido pelo preço inferior ao comercio. Os ribeirinhos tinham expressões cansadas e mesmo assim hospitaleira,tomei açaí e comi carne de caça nos portos que atracava nas viagens de reboque de madeira,olhava a simplicidade do povo e serrarias pagando funcionários com ''vales'',falta de escolas em vilas do município de Breves e Melgaço. Devo buscar no sentimento de amizade uma forma em reescrever minha historia de vida, um novo começo, nesse tempo conheço pessoas especiais e convivi com aquele povo que me sentir meu sangue caboclo correndo pelas veias,me deslumbrei com a natureza ao ver de perto uma árvore de samauma a rainha da várzea.Comi carne de caça,peixe mariscado na hora,açaí pastoso feito artesanalmente.Entrei em casas cobertas de palha,paredes de madeira e trapiche tipo pala fitas a beira do rio,tomei banho e senti a liberdade de santuário da natureza no rio mararú. Manti laços de amizades que sempre me deram força,quando voltei as minhas origens eu aprendi muito,até um simples abraço,um aperto da mão e um sorriso,tudo isso me fez entender minha identidade amazônica. (diario pessoal 1999)

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