6.3.13

De volta a terra parauara

Voltei para Belém,numa viagem cansativa peguei uma intoxicação alimentar no barco,isso me incomodou bastante,o banheiro não era muito limpo. A embarcação estava lotada,de Macapá para capital paraense vi diversos vilarejos e casas isoladas a beira do rio,igarapés e pessoas mariscando na canoa,as crianças na canoa esperam o barco passar e alguém jogar qualquer coisa desde alimentos e roupas num saco plástico,eles são muito carentes,no estreito de Breves se vê muito isso.Alguns conseguem amarrar sua canoa na embarcação para comercializar o vinho do açaí. Passamos pelo estreito de Breves de noite,contornando a ilha do marajó,paramos em Breves e depois só mata e água o dia todo.Amanhecemos em Belém ao descer no porto,beijei o solo paraense que não pisava a 54 meses,todos ficaram olhando mais só eu sei a alegria de voltar para capital e refazer novamente minha história pessoal. Onde voltaria a ser líder estudantil e ser eleito conselheiro escolar da maior escola pública do meu bairro do Telégrafo.Voltar a viver na capital e escutar sonetos de Waldemar Henrique e degustar de um açaí pastoso com pirarucu frito na feira do ver-o-peso.Viver em Belém e olhar a beleza do guajara sentir as tardes de chuva e saborear uma água de coco na orla de Icoracy.Andar pelas ruas e ver as belezas das mangueiras centenárias e ouvir uma bela poesia de Ruy Barata,no bar do parque,ao som do ritmo do carimbo de Pinduca.Belém minha casa,Belém de todos ritmos,religiões e tradição do orgulho cabano que sentimos de ser paraense carregando sempre um Muiraquitã,símbolo do regionalismo nossa maior riqueza cultural inesgotável símbolo do misticismo caboclo paraense.

Nenhum comentário:

Postar um comentário