14.8.16

NA JARILANDIA, DISTRITO DA CIDADE DE LARANJAL DO JARÍ NO ESTADO DO AMAPÁ

As empresas começaram a empregar pessoas temporariamente na região, para o corte de madeira e plantio e limpeza das áreas de reflorestamento desde os anos 1970 até 1985 a Jari Florestal, localizada em Monte Dourado, no município de Almeirim, no Estado do Pará, à margem esquerda do rio Amazonas e a 453 km a noroeste de Belém. Somente em 1985 foi desativado o projeto de reflorestamento e muitos gurupaenses voltaram para cidade natal outros ficaram morando em Vitoria do Jari e Laranjal do Jarí no Estado do Amapá. Ludwig adquiriu em 1967, na fronteira entre os estados do Pará e Amapá (então Território Federal) para a instalação do seu projeto agropecuário. Ao longo do programa de instalação, enfrentou as desconfianças do governo e de algumas parcelas da sociedade que temiam pela soberania brasileira sobre a área inabitada de florestas onde o Jari seria instalado. A área adquirida por Ludwig fez com que fosse provavelmente o maior proprietário individual de terras no Ocidente. A grandiosidade do Jari acentuava-se por ser a região totalmente desprovida de qualquer infraestrutura; foi necessária a construção de portos, ferrovia e nove mil quilômetros de estradas.[2] Ali Ludwig planejava instalar um projeto de reflorestamento com árvores de crescimento rápido (gmelina), antevendo o aumento da necessidade mundial por celulose. Além disto, pretendia estender as atividades para a mineração, pecuária e agricultura, Uma usina termelétrica e a própria fábrica de celulose foram rebocadas do Japão, num percurso de 25 mil quilômetros, que durou 53 dias a ser concluído. Além das instalações, todo o projeto ocupava uma área de 16 mil km², a construção de uma cidade para a moradia dos trabalhadores, além de hospital e escolas na sede, chamada Monte Dourado.[2] A fábrica e implementos custaram em torno de 200 milhões de dólares. Em 1982, ano de sua venda, a população do Jari alcançou a marca de trinta mil habitantes. Neste ano, sem apresentar resultados, Ludwig abandonou o projeto. As negociações envolveram o homem forte do regime militar, general Golbery do Couto e Silva, e cogitou-se na venda para o Banco do Brasil, para um pool de empresas e para o empresário Augusto de Azevedo Antunes. Até o começo dos anos 1980 Ludwig declarava haver gasto no Jari 863 milhões de dólares, atualizados em 1981 para 1,15 bilhão. No ano 2000 passou a ser controlado pelo Grupo Orsa, de modo que a Jari Celulose não somente tornou-se economicamente viável, como também mostrou-se sustentável, recebendo certificação em 2004 pelo Forest Stewardship Council.

Nenhum comentário:

Postar um comentário