28.11.17

Biografia do autor GILVANDRO DOS SANTOS TORRES, Nascido no rio Mararú no município de Gurupá, Estado do Pará, em 14 de março de 1980. Ex-aluno Afonseano Redentorista, participou do movimento estudantil secundarista em Belém na década de 90. Eleito Conselheiro Escolar EEEM Magalhães Barata, sendo outorgado com a medalha de Honra ao Mérito pelos relevantes serviços prestados a escola. Foi Feirante Sindicalizado na feira do Telégrafo e funcionário do Ex Governador do Pará Carlos Santos. Trabalhou no Palácio da Cabanagem exercendo o cargo de Assessor Parlamentar da Presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Pará na Gestão do Engº Domingos Juvenil, posteriormente desempenhou o cargo de Secretário Parlamentar para vários Deputados Estaduais no Parlamento Estadual. Na gestão do Raimundo Nogueira como Prefeito de Gurupá, exerceu diversos cargos como: Secretário do Gabinete da Promotoria de Justiça de Gurupá, auxiliando os Promotores de Justiça, Chefe do Departamento de Recursos Humanos da Prefeitura Municipal de Gurupá, Secretário do Gabinete do Prefeito, Presidente da Comissão Administrativa Disciplinar e Conselheiro Municipal de Assistência Social, Meio Ambiente e do FUNDEB. Prestou Assessoria Técnica na Secretaria Municipal de Integração Social em Altamira, atualmente é Assessor Parlamentar no Legislativo Municipal de Gurupá dos Vereadores do Partido dos Trabalhadores, Secretário Executivo ASMUDEACS e Conselheiro Municipal de Educação de Gurupá. Colaborando com os movimentos sociais, membro de vários grupos de discussão, desenvolvendo serviços de assessoria. Recebeu em 2017 o Diploma de Honra ao Mérito pelo SINTEPP Gurupá. Como escritor é engajado nas causas sociais onde descreve as desigualdades sociais em seus pronunciamentos, textos, Crônicas, Contos e poesias, definindo-se como Militante Social em busca para o bem comum para todos.
O legado que o antropólogo - Charles Wagley, (09/11/1913 – 25/11/1991), antropólogo americano que se notabilizou por estudos de populações indígenas e caboclas, notadamente em Gurupá, Pará, onde realizou a pesquisa que deu origem a uma de suas obras mais conhecidas, “Uma Comunidade Amazônica” , Charles Wagley chegou ao Brasil em 1938/1939, a teve importância fundamental na consolidação da Antropologia no Brasil, sendo várias vezes citado como estando entre os mais importantes representantes da disciplina. Além de heranças em outras áreas, como a saúde, quando funcionário do Serviço Especial de Saúde Pública (SESP), e ter se envolvido com a população brasileira, desconstruindo a ideia de sujeito/objeto como entes separados e distantes. Deste modo, sua vida e sua obra são de extrema importância para a historia de Gurupá. Esses estrangeiros pesquisaram em epocas diferentes nossa historia gurupaense: Arlene Mari Kelly, Family, Church and Crown: a social and demographic history of the lower Xingu river valley and the municipality of Gurupá, 1623/1889- 1984/ University Of Florida. Richard Brown Pace, Economic and political change in the Amazonian community of ITA, Brazil/ 1987- University of Florida. Girolamo Domenico Treccani, Regularizar a terra: um desafio para as populações tradicionais de Gurupá/ 2006- Universidade Federal do Pará, Núcleo de altos estudos amazônicos.
Eles fizeram a Diferença Intendente Wortingenr Castelo Branco (inaugurou o prédio da prefeitura municipal). Mário da Silva Machado (construiu a 1ª usina de Gurupá ―Força e Luz‖). Wilson Lima (Construiu o Trapiche Municipal e a Praça Mariocay em 1959). Wilson Benathar (Construiu o Mercado Municipal, atual Biblioteca e o Grupo Escolar Prof. Dr. Jaime Aben-Athar — Clube de Mães). Oscar José dos Santos (construiu a Casa de Saúde de Gurupá). José Vicente de Paula Barreto Melo (Construção da Delegacia, Coletoria, reformou o Forte de Santo Antonio, inaugurou o 1º sistema de água na cidade, inaugurou o sistema elétrico da Celpa, reformou o Trapiche Municipal, aquisição de uma caçamba, construção do Fórum, residência da juíza e instalou o sistema de telefonia Telepará). Jorge Palheta de Souza, (construção do Marcílio Dias e caz de arrimo em frente a cidade). Juvenal do Vale Tavares, (construção / asfaltamento das Av. São Benedito e Santo Antonio). Benedita Cecília Palheta Pereira, (Construiu o B/M Gurupá, asfaltou várias ruas e travessas ao longo de seus dois mandatos, deu apoio a cultura gurupaense — Festival do Camarão, 07 de setembro, Guarda Miri, Concurso de Quadrilhas). Esmeraldina Nunes dos Santos, (implantou o sistema de organização modular de ensino — SOME, aquisição de caminhões para o transporte dos colonos e limpeza pública, construção da Secretaria de Saúde, Semae e residência oficial do prefeito, reformou o B/M Gurupá). Moacir Alho, (construção da Escola Raimundo Ribeiro Dias, alfabetização de mais de 600 pessoas, realização dos Projetos Gavião 1 e 2, reforma da Escola Mariocay, construiu o primeiro escolão do município — Manoel Januário Nunes, aquisição de uma lancha voadeira). Raimundo Nogueira, revitalização do prédio da prefeitura, inauguração prédio da camara municipal, ginásio municipal, estádio municipal, casa da cultura, ruas asfaltadas, ruas aterradas, escolas revitalizadas e construidas no meio urbano e rural e pagamento do funcionário em dias, concurso publico e dialogo transparente com as entidades de classe. Fonte:Alaércio Gonçalves dos Santos

27.11.17

De feirante a militante estudantil Aos sete anos ingressei na escola de 1º grau Santo Afonso no bairro do telegrafo em Belém, uma escola rígida ainda administrada pelos padres redentorista. Estudava de tarde e de manha ajudava meu tio Edmilson, foi na feira que convivi com todos os tipos de pessoas, ideologias e preferências futebolísticas. É nessa relação de amizade com os clientes do comercio do meu tio, a cada dia armazenava em minha mente o valor do “silêncio”, escutar sempre e cada conversa não impor o que acreditava e sim saber ser o bom vizinho. A feira foi uma escola de vida dos 12 anos até a adolescência convivendo em harmonia com os vizinhos dando bom dia e ao mesmo tempo parando para escutar, de casa para a feira localizada atrás da agencia dos Correios era um percurso que fazia todos os dias. Na escola não era diferente particularmente nunca sobre de bulling também nunca incentivei meus colegas a fazerem isso com os outros, desde cedo aprendi a respeitar as diferenças. Os Padres Redentoristas eram severos e rígidos, nosso ensino religioso era padrão até eu questionar com a professora o porquê tinha que estudar a religião católica, imediatamente foi à diretoria e tive que ir ao confessionário rezar como forma de punição, ao poucos ia me afastando da religião, ao começar a frequentar a biblioteca da Universidade Estadual do Pará e aos treze anos li desde o manifesto comunista, iluminismo, renascença, Martinho Lutero, Florestan Fernandes, Paulo Freire e Karl Marx e sua obro “O capitalismo”. Tornei-me um esquerdista forjado nas leituras. Estas escolas da vida me proporcionaram uma breve reflexão onde estou e porque estou. Ainda pré-adolescente era questionador, lia muito, mas devido eu ser reprendido pela direção da escola fique com certo trauma de falar de imediato o que pensava, aprendi a arte de Sócrates responder através de outra pergunta, isso me evito de arranjar inimigos, porque mesmo que não concorda-se com o que o colega de sala falava eu defendia o direito dele falar. Logo fiquei amigo dos lideres da turma que eram os mais velhos, isso me forjou a ser liderança pelos meus atos, quando um colega de cor morena foi alvo de risos irreverentes de alguns alunos mais velhos do ginásio, eu vi de longe sai da sala de aula e encarei eles, quando vi ao meu lado estava mais de dez colega de sala e entre eles os nerds que tiraram os óculos para briga, acabamos todos na direção da escola. São lições que tiramos ao decorrer da vida, aprendemos a cada dia e a cada momento, onde o silencio vale mais de que mil palavras. Mais saber fazer alianças é muito importante para sobreviver neste regime capitalista, meu reencontro com Deus veio após um breve inverno... Ao começar a entender como funcionava a politica e seu sistema eleitoral, comecei a passar da teoria a pratica, nas manifestações de oposição ao Governador Almir Gabriel da época e suas desastrosas políticas neoliberais. Assistir uma palestra aos 17 anos do ativista político Professor Babá, ex Parlamentar do PT e fundador do PSOL, onde aderi ao trotskismo e passei a militar no movimento estudantil em históricas passeatas estudantil, invasões da ALEPA, SEDUC contra as privatizações, contra ALCA, FMI entre protestos e balas de borracha. Participei das reuniões da Convergência Socialista, militei no néctar da esquerda e até cheguei a vestir a camisa do idealismo radical. Era um pé na escola e outro nas passeatas até ser eleito em 2005 Conselheiro Escolar da E.E.E.M Magalhães Barata. Pensei que meu ciclo tinha encerrado mais férias parra que abraçou a militância social e politica não existe. Ao ser eleito numa disputa de doze alunos, percebi que tinha que viver com intensidade tudo e abracei nesta vida a bandeira vermelha. Meu olhar não era o mesmo daquele aluno afonseano, meu olhar era crítico a situação que vivia, sentado a beira do Guamá após uma radical eleição DCE-UFPA, onde fomos apoiar e fomos derrotados, após algumas doses de heroísmo e fumaças ideológicas em uma rodada de idealistas sonhadores, vi que nossa luta não era em vão, mais precisava saber articular e não me fechar precisava pensar e me atualizar e não acreditar na mídia gráfica que davam para a gente ler precisa mergulhar em outras fontes ideológicas, mantendo mesmo perfil e a mesma luta. Precisei caminhar e pensar precisou olhar para o horizonte e adotar estratégias para sobreviver numa caverna onde os leões querem te devora a todo o momento. Quando imaginava percebi um mundo a ser revelado Quando me revelava percebia um enigma... Numa noite fria e escura, a parteira veio de canoa fazer o parto, o quarto estava preparado e minha genitora já esperava, nasci às 19 horas na casa de meu pai, no dia 14 de março de 1980. Aos dois anos o grande mestre me livrou de morrer afogado, vivia numa canoa com os filhos de meu padrasto, enquanto minha mãe ia para roça trabalhar sol a sol, morava nesta época em frente a serraria são João Batista de propriedade de meu pai, um dos empregados ao passar perto da casa onde morava de noite de canoa onde pratica caça chamada lanternagem, ouvia meu choro e era com fome, afinal os mantimentos que meu pai mandava os filhos do meu padrasto comiam tudo, a noite chorava e segundo este senhor ouviu relatos que ele me batia, passei uma semana na casa de um tio materno. Meu pai ao saber disso pegou uma espingarda e com dois funcionários foi de barco e me tirou de lá, passei a morar na casa de meu pai, que era comerciante e não tinha tempo para cuidar de criança, passei a ser cuidado pela sua sogra Maria Cardoso, aos três anos meu avó me trouxe para Belém no navio Rouxinou, estava muito doente da garganta e minha irmã Marinete Alves veio cuidando de mim a viagem todo. Imagine uma criança dessa idade sem a mãe e calada, com poucas roupas e poucos brinquedos uma mala com apenas uma lembrança uma foto de são Benedito. Sei que sofri com a falta de minha mãe e meu pai, que era uma viagem de Gurupá ate Belém de três dias, apenas lágrimas na partida ao me separar da sogra de meu pai que cuidava de mim como um filho. Fui chorando e embarquei para uma nova jornada, assim começa minha vida de ciclos e jornadas, superação e motivação, se fosse para cair dez vezes eu cairia e me levantava onze vezes, assim prosseguia minha trajetória numa combinação de sentimentos e amor. A terrível maresia balançava este barco de madeira carregado de mercadorias, a visão noturna do desespero das pessoas gritando, mais em fim chegamos a capital paraense, cheguei desconfiado em minha nova casa aos três anos de idade já tinha morado em três casas e agora seria uma nova casa com irmãs e tias e tios e avó e avô, no bairro do telegrafo sair do carro com minha irmã Marinete, fiquei escondido atrás dela e entrei naquela casa que seria minha família paterna. Com uma tosse de cachorro e feridas no corpo, apenas um par de roupas e um olhar distante, minha primeira noite foi simples, me embrulhei num lençol velho que trouxe e na rede dormir, nunca tinha visto tanta comida, jantei como um rei e até mingau tomei, será esta decisão de meu pai seria a coreta e minha mãe será que sentia falta de mim... Chorava com certeza... Minhas tias Odaleia e odazilma começaram a fazer roupa para mim, compraram brinquedos e me senti feliz, afinal tinha uma cuia, copo e prato só para mim. Sentava no pátio de casa e minha feridas no corpo e na alma, meu dentes estragados doíam, minhas unhas grandes, enfim tudo mudaria em poucos dias estava com dentista, medico e até plano de saúde, escola particular e brinquedos. Isso me fazia feliz, era uma criança que superou a dor, que se levantou quando meu padrasto me batia, que chorou escondido varia vezes, acho tinha viver e por isso não morri afogado, minha vida era um grande texto a ser escrito. Os castiçais de prata Quando fui adotado, tive um tratamento de rei, a melhor escola particular do bairro e as melhores roupas e brinquedos que uma criança podia ter. Aos domingos frequentava o santuário do perpetuo socorro e a noite ia com a família para o cinema. Tomava tacaca na praça da republica e tantos aniversários da elite, e jantares de confraternização de uma sociedade onde a fraternidade era um dogma exclusivo. Era fervoroso católico, rezava toda noite com minha avó Palmira Torres, ela me ensinou tantas coisas de bom e a melhor das coisas ser honesto. Quando fui comprar pão numa padaria de um português chamado Benfica, levei três moedas e o senhor que me vendeu um baguete me deu moedas a mais, cheguei a casa com o pão e doce, ela viu que aquele dinheiro não dava para comprar e mandou-me contar a verdade olhando para Jesus cristo crucificado eu falei a verdade, aos seis anos tive que entregar o troco e as balas que comprei desonestamente. Neste dia ela me ensinou importante lição, que levei por toda vida e após terminar minha alfabetização fui indicado para uma escola particular em 1987 chamada Santa Cruz, passei apenas duas semanas eu não suportava os padrões rígidos e após um dos alunos maior que eu ao chamar um colega de escurinho, levantei da mesa e fui para cima dele e joguei no chão, depois pedi param minha família para não ir mais para aquela escola. Fui para uma escola publica rígida mais de classes diferente, meu lar por mais de oito anos. Escola de 1º grau Santo Afonso. Onde tive vários amigos ao decorrer das classes e idade, amores e muita diversão e provas de amizade. Anos se passam às vezes por estripulias da idade parávamos sempre na diretoria eu defendia cada companheiro e não éramos suspensos, um ajudava o outro na prova. \Praticava karatê e era aluno da fundação Curro Velho, pinchava \e fumava numa idade de descobertas. A maioria dos amigos foi se perdendo nas descobertas, balas e sangue no caminho. Esta parte é silenciosa e oculta a segredos que nunca devem ser revelados por isso são chamados de segredos. O tempo passa com o vento leva sonhos, com o vento leva sorriso de um dia tentar e vencer. E se para vencer tenha que camuflar verdades, será sempre uma tática de ataque e não de defesa. Subindo as escadarias do Parlamento Estadual Alguns achavam que tinha largado a luta, jogado fora as camisas vermelhas, as bandeiras, mais não tinha que vestir o paletó e gravata para adotar o protocolo de uma nova etapa de minha vida. Após eleição do Ex Deputado Federal Constituinte por três mandatos, nesta época foi convidado para trabalhar como estagiário na seção de controle e Patrimônio da ALEPA, e posteriormente virei Assessor do Presidente, afinal já conhecia há muito tempo meu padrinho e madrinha D. Rute Souza, a quem muito me ajudou mesmo sabendo da minha posição ideológica mantive meu ideais e aprendi a burocracia dos gabinetes parlamentares. O que podíamos falar o que podíamos ver e ouvir, regras para um bom funcionamento para impor articulações nos 41 gabinetes parlamentares. Primeiramente comecei a estudar e participar de seminários e palestras promovidas pela ALEPA, lendo bastante e convivendo diariamente com pessoas de opiniões diferentes. Lembrei-me quando era adolescente onde eu era um rato de biblioteca, retorno agora como ratão dos documentos históricos da politica paraense. Comecei a fazer meu acervo, também longa conversas com o Presidente, que me falava sobre a como foi dura a conquista da CF 88 onde ele foi um dos autores quando era Deputado Constituinte. Comecei a fazer tudo que tinha aprendido ao longo dos anos, do simples aperto de mão ao cordial Vossa Excelência, aos Parlamentares que encontrava no corredor do parlamento, cumprimentava desde o limpador de vidro ao cozinheiro, só usava o terno dentro da instituição nunca me vi usufruindo o cargo de Assessor da Presidência, acumulei amigos de todos as esferas ideológicas. Sem duvida aquele Parlamento contribuiu muito para me especializar em assessoria, tanto que acumulei muitas tarefas e tinha confiança de todos, quando o Presidente nos chamou em seu gabinete, estava convicto numa solida candidatura a Deputado Federal, mais resolveu disputar uma campanha a governo do Estado do Pará. Ele próprio anunciou que seria candidato com uma simplicidade e um tom familiar, transbordava em sua figura carismática. Todos esperavam que ele discursasse em estilo formal como Presidente, mais não ele falou como amigo convidando a participarem daquele projeto político como uma opção de mudança, foi à primeira lição que recebi deste engenheiro Domingos juvenil: Fidelidade partidária. Sua esposa D Rute Barros me convidou pessoalmente para fazer parte da coordenação da campanha no Comitê central, e fomos para a luta, não tinha hora para teminar, foram 90 dias de dedicação a candidatura do Vigiense Domingos Juvenil, onde fomos a terra natal dele em Vigia de Nazaré a cidade histórica paraense, andar nas ruas do bairro do Arapiranga as margens do rio Guajara Miri, sentir o calor do povo vigiense onde parávamos ele era aplaudido. Arregaçamos as mangas e fomos à luta, carreatas, blitz, panfletagens, comícios, trabalhos no comitê central dia e noite. Visitas às cidades, distribuição de material de campanha aos candidatos e nas cidades onde tinha comitê. Esta era uma comunicação importante entre o eleitor e o candidato, fizemos o curriculum dele na gráfica e distribuíamos pessoalmente nas casas, foi uma onda verde, e ao mesmo tempo traição entre candidatos, Foi uma oportunidade onde visitamos muitas cidades, acompanhamos o sofrimento do povo nas periferias de Marituba, as incertezas dos moradores dos bairro de Ananindeua, entre outras cidades Santa Maria, Benevides, Castanhal, Santarém Novo, Ourém, Santa Luzia, Vigia, Salinopolis, entre outras que a memória deu um branco, mais foi gratificante entender como funciona uma campanha a Governo, ao sair da ALEPA após um produtivo estágio nos bastidores dos gabinetes parlamentares, prestando serviços de assessoria em fim encerra um ciclo em minha vida, acrescentando em meu currículo. Muitas vezes é necessário abrir mão de uma estabilidade momentânea pode ser menos estressante ou duradoura, neste sentido percebemos que se faz de melhor é importante para se viver com alegria. Sempre fui o senhor do meu destino e responsável pelos meus atos improvisando e me adaptando as situações que crio. Disciplina é algo que trago em minha vida aprendi esta palavra ainda criança na escola Santo Afonso, ética aprendi com a vida e por isso me qualifiquei com minhas experiências no movimento estudantil, experiência proletária e na sede do Legislativo Estadual do Pará, de Estagiário a Assessor da Presidência, o Palácio da Cabanagem se aprende tudo. Não podemos desperdiçar as oportunidades, as chances que te dão de subir na vida profissional, independente de cor ideológica, não se feche, sejam profissionais. Humildade é chave que abre gabinetes, ela nos ajuda a conquistar pessoas, quando realmente decidimos fazer o melhor em qualquer coisa que se propormos, convencemos que somos indispensáveis naquele gabinete ou naquele projeto político. Que decepção Na adolescência tive um sonho em relação ao socialismo, revelou-se um pesadelo porque descobri que em todos os lugares onde o socialismo Stalinista passou foi implantado ditaduras ferozes e sanguinárias contra o povo. Em uma viagem de Belém a Gurupá conheci e vim conversando com músicos de origem Estônia. Onde me contaram sobre a Sibéria e todas as maldades dos governos russo, desde Josef Stalin a Wladimir Putim, fiquei bastante impressionado com os relatos. Sentei na proa do navio e pensei em toda minha experiência na teoria e pratica as passeatas em Belém contra o Governo Almir Gabriel, à esquerda no que se refere à revolução permanente. O Marxismo que era nossa referência ideológica, as ideias Trotskista, que eram nossa ferramenta de luta, no encontra da massa e minha ruptura com este fase ideologia foi por divergências e decepção, ideias ainda bens claras desde os bancos escolares, percebi que era ainda militante apostilado apesar de tudo teria que me reinventar e atualizar. Lembro que ao tomar conhecimento sobre politica ao conhecer o Professor Babá e seus inflamados discursos, busquei a consciência critica, em 1997 participei de passeatas de protesto em repudio a morte dos 19 sem terras em Eldorado dos Carajás, promovido por ordem do Governador Almir Gabriel, participando de históricas passeatas contra a privatização da CELPA, COSAMPA e TELEPARA. Chegando a ser atingido por balas de borracha no braço. De oposição as desastrosas políticas de FHC, em meio às agremiações estudantis que vivei a efervescência do radicalismo, ainda estudante do ensino fundamental analisei profundamente as questões sociais. Mais mesmo tendo lido mais de 100 livros sabia que tinha que viver aquilo que realmente acreditava. Aos 22 anos participei do processo político no Estado do Amapá, na Coordenação de campanha a reeleição Deputado Estadual Dr. Alexandre Torrinha, onde militamos nas ruas da capital amapaense engajado com a bandeira de luta, viajamos para varias cidades do Amapá, Vitória do Jarí, laranjal do Jarí, Santana, Macapá, Porto Grande, Ferreira Grande, Itaúba, Tartarugalzinho, Pracuuba, Amapá, Laranjal do Jarí, Calçoene e Oiapoque. Fiz parte da geração que elegeu um operário a Presidente da República, depois retorno a Belém onde participo dos movimentos contra a ALCA, FMI e a politica de Bush. Sendo eleito e reeleito Representante dos Alunos, e depois candidato ao Conselho Escolar da E.E.E.M Magalhães Barata onde sou eleito com uma votação expressiva. Recebendo medalha de honra ao mérito ao me destacar nas ações beneficentes da escola e na aquisição de livros para a biblioteca. Se desligando do movimento radical, mais por divergências ao ver jovens que se metem no movimento sem noção daquilo que estamos lutando, por uma educação pública de qualidade, e vão só para badernar, beber e agredir pessoas que não tem nada a ver, universitários com cabeças de burguês que nem conhecem seu próprio bairro. Usam mascara de Guy Fawkes sem saber da sua história, usam camisas com a figura de Che Guevara sem ter lido nada a seu respeito, isso me afastou das manifestações. Recrio-me novamente com uma pessoa burocrática, estudando tudo que seria importante na Administração Pública. Fiz-me necessário entre os leões que queriam me devorar novamente. Ventos ao norte Fica-me minha memória momentos intensa que a vida me privilegio, relatos de uma época onde amizade era fundamental, onde os ventos aproximam um do outro. Como certa vez disse Fernando Gabeira “vivi um sonho errado”, a desilusão com os ideais da esquerda radical veio dos próprios militontos, acadêmicos calouros que pensam que sabem tudo, donos de uma situação que esbanjam nos bares próximos a UFPA. O verdadeiro militante é aquele que luta e não se empolga e estuda profundamente a politica, seu bairro onde mora, os questionamentos. Se quiserem ser verdadeiros militantes sejam sinceros consigo mesmo, preocupado com a próximo e a possibilidade de mudar o mundo de outra maneira sem agressão, sem violência, que só se perde tempo e só serve para posta fotos nas redes sociais do antigo Orkut, aprender que o verdadeiro militante é aquele que esta presente nos bastidores políticos, nos centro comunitários, ao lado do povo, leiam e realizem projetos sociais em sua comunidade, enriqueça sua biografia de militante. A vida sempre me colocou em situações em que podia fugir, ou enfrento ou recuo, mais a segunda opção sempre é descartada. O café com sonrisal Em uma época em que os gabinetes eram confortáveis, os cafezinhos servidos a toda hora, os olhares curiosos, se rasgam elogios entre parlamentares quando estava nos bastidores a votação do PCCR da ALEPA, tenho convicção que o Presidente do Parlamento estava engajado para aprova e melhorar a vida do servido público daquela instituição legislativa. Foi uma grande articulação e apoio da ASALP ( Associação dos servidores da Assembleia Legislativa do Estado do Pará), só a luta muda vida e só é possível melhorar nossos salários reivindicando as nossas propostas de reajuste salarial com greves e manifestações que produzam impacto como do tipo aquela que atrai os veículos de comunicação. Como dizia Zun Tzu no livro arte da guerra: a invencibilidade está na defesa; a possibilidade de vitoria no ataque. Quem se defende mostra que sua força é inadequada; quem ataca mostra que ela é abundante.
As poeiras de um Gabinete Um dos grandes erros do político é se acostumar com o conforto do gabinete, o luxo desse local de trabalho, suas cortinas venezianas, central de ar, computadores de ultima geração e os serviços prestados de seus auxiliares. Isso afasta o povo e do objetivo ao qual este político foi eleito. Posso contar tantas historias palaciana onde isso acontece, onde a sociedade organizada se dispõe a ir ao gabinete do Parlamentar e espera por horas ser atendido pelo Chefe de Gabinete, enquanto o Parlamentar está ausente. Mas prefiro contar boas experiências que trago em minha trajetória. Ainda adolescente trabalhei com o ex Governador do Pará Carlos Santos, proprietário do Grupo Avistão, onde aprendi muito em meu estágio proletariado. Umas das características que adotei deste marajoara nascido na cidade de Salvaterra, que ao chegar a Belém trabalhou de ambulante nas ruas chegando a Vice Governador do Pará em 1990, assumindo o Governo Estadual em 1994. Ele era um pensador ambulante caminhava por toda loja e do nada começava a fazer promoções e sorteios todo mês era um tema diferente, ele mesmo sorteava e mandava registrar para arquivo fotográfico a imagens das pessoas olhando, pessoas por perto e sorrindo, era um marqueteiro profissional. Desta pessoa só tenho boas lembranças. O homem do povo, amigo de todos que não gostava de gabinete fechado. Foi à arte de apertar a mão das pessoas, um simples gesto de cordialidade que adotei também em meu dia a dia, o aperto de mão e a sinceridade do olhar era um ato de espontaneidade que via Carlos Santos fazer todos os dias em que chegava à loja avistão e na rádio Marajoara. Este cidadão repassava a cada um de nos funcionários do grupo, gestos tão simples e ao mesmo tempo tão essenciais para todos na nossa vida. Ainda lembro quando este Ex Governador chegava à sede do grupo e cumprimentava um por um, olhava nos olhos e perguntava: - Tudo bem? - Como você esta? São pequenas coisas que passam em nossa vida e que ficam para sempre, temos que aproveitar esses momentos e absorve-los como lições de vida. Tenho boas referencias do gerente da loja senhor Antunes Nunes, evangélico e temente a Deus, era correto e ético, contou-me que foi por muito tempo vendedor depois conseguiu assumir a função de Gerente da loja, com ele aprendi a “ empatia”, ou seja sempre me colocar no lugar do outro, não fazer aos outros o que não quero que faça comigo, desta visão de empatia e seu significado aprendi a “ética” estes tesouros são valiosos para um ser humano. O olhar das pessoas é importante compreender e estar atento a todas essas situações, simples coisas que se tornam eternas em nossas mentes como lembranças que ao passar por aquele local esquina da Rua Padre Eutíquio na área comercial de Belém, ainda lembro aos poucos forjava um idealista. Mas desde criança eu sabia que lado do rio estava, é claro que deste rio eu já mais atravessaria para o lado da margem onde morava o explorador do pobre.

GILVANDRO TORRES, uma biografia resumida

GILVANDRO DOS SANTOS TORRES, Nascido no rio Mararú no município de Gurupá, Estado do Pará, em 14 de março de 1980. Ex-aluno Afonseano Redentorista, participou do movimento estudantil secundarista em Belém na década de 90. Eleito Conselheiro Escolar EEEM Magalhães Barata, sendo outorgado com a medalha de Honra ao Mérito pelos relevantes serviços prestados a escola. Foi Feirante Sindicalizado na feira do Telégrafo e funcionário do Ex Governador do Pará Carlos Santos. Trabalhou no Palácio da Cabanagem exercendo o cargo de Assessor Parlamentar da Presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Pará na Gestão do Engº Domingos Juvenil, posteriormente desempenhou o cargo de Secretário Parlamentar para vários Deputados Estaduais no Parlamento Estadual. Na gestão do Raimundo Nogueira como Prefeito de Gurupá, exerceu diversos cargos como: Secretário do Gabinete da Promotoria de Justiça de Gurupá, auxiliando os Promotores de Justiça, Chefe do Departamento de Recursos Humanos da Prefeitura Municipal de Gurupá, Secretário do Gabinete do Prefeito, Presidente da Comissão Administrativa Disciplinar e Conselheiro Municipal de Assistência Social, Meio Ambiente e do FUNDEB. Prestou Assessoria Técnica na Secretaria Municipal de Integração Social em Altamira, atualmente é Assessor Parlamentar no Legislativo Municipal de Gurupá dos Vereadores do Partido dos Trabalhadores, Secretário Executivo ASMUDEACS e Conselheiro Municipal de Educação de Gurupá. Colaborando com os movimentos sociais, membro de vários grupos de discussão, desenvolvendo serviços de assessoria. Recebeu em 2017 o Diploma de Honra ao Mérito pelo SINTEPP Gurupá. Como escritor é engajado nas causas sociais onde descreve as desigualdades sociais em seus pronunciamentos, textos, Crônicas, Contos e poesias, definindo-se como Militante Social em busca para o bem comum para todos.

O que é a igreja? A igreja é você, com um propósito de amar ao próximo, amar a Deus o Grande Arquiteto Universal, a igreja é você com um plano, o plano de servir ao próximo, de servir a sua comunidade, a igreja é você todo dia porque quando lutamos sozinho, somos derrotados, quando encorajamos o povo a lutar por seus direitos jamais estaremos só. Esse é nosso papel e compromisso na comunidade!

Meu papel na comunidade-autor Gilvandro Torres

Quando comecei a escrever inspirado no XIX Encontro das Comunidades Eclesial de Base no rio Sarapoí no município de Gurupá a convite do meu amigo e companheiro de Militância Social e politica Raimundo Nonato Pimentel, esse foi meu primeiro encontro e com certeza minha conversão espiritual. Nesse encontro tinha como tema: Igreja mãe de coração aberto com o lema Ceb’s ribeirinha povo de Deus em saída. Esse encontro foi estudado com as lideranças presentes, o Pároco Giulio Lupp e a Irmã Manelina, prestando atenção em todos os debates me deu conta: o que faço pela minha comunidade, o que realmente é meu compromisso. Esse livro nasceu na necessidade de me dar às repostas que procurava desde o tempo da minha tendência trotskista na época da Militância estudantil nos anos 90. Espero que esse pequeno relato seja reflexivo as resposta para todos que precisam com método de converter com os pés no chão, o que a cabeça pensa onde os pés pisam, se você pisa no bairro sem saneamento público, você passa a se questionar o porque daquela situação ai nasce o pensar critico o questionar. A vida em comunidade é uma grande caminhada, um aprendizado permanente, somos chamados a aprender e avançar, abrindo sempre novos caminhos com nossos questionamentos. “Deus vos ama! Amai-o... Ele está sempre junto a vós, dentro de vós ( Santo Afonso). Que Cristo encoraje todos nos nesta reflexão: VIVÊNCIA COMUNITÁRIA, onde um vive para o outro, pois é muito importante para nós numa época em que as pessoas se submetem a este sistema capitalista, onde o homem pensa tanto em GANHAR em TER é preciso à gente pensar em SER e SER em função dos outros. Onde todos tenham um olhar de irmãos onde perdure o amor fraterno, justiça e a paz. Para isso é preciso viver um processo de CONVERSÃO PERMANENTE, porque a vida é um processo dinâmico onde ninguém nasce perfeito aos pouco se corrige, nas quedas, nas falhas enfim somos imperfeitos. “Devemos amar o nosso próximo, porque ele e amado por Deus! Devemos amar aqueles que Deus ama”( Santo Afonso) CONVERSÃO: é retomar o caminho que havia perdido, a conversão verdadeira nasce da FIDELIDADE AO CAMINHO, ao projeto de vida. É uma necessidade existencial nesta linha de pensamento podemos observar à CONVERSÃO PESSOAL do teu próximo, as experiências do perdão, as experiências da renovação espiritual só assim poderão entender com clareza que uma caminhada de transformação social só tem futuro se estiver fundamentada numa profunda experiência de conversão pessoal. A vida sem conversão é um inferno, um fracasso; A dimensão religiosa preenche e radicaliza esse processo, se me converto para o caminho do bem me socializado com meu eu, isso me provoca uma necessidade de entender os seguintes questionamentos: 1- O MEU PAPEL NA COMUNIDADE EM QUE VIVO; 2- MEU COMPROMISSO COM A CAMINHADA; 3- MINHA NECESSIDADE DE VIVER EM COMUNIDADE. ESSA É A CONVERSÃO. A vida em comunidade é uma FERRAMENTA DE TRANSFORMAÇÃO, na medida em que seus membros vão participando intensamente das comunidades, passa a conhecer suas necessidades e sua realidade. Os QUESTIONAMENTOS aparecem essa é a essência de viver em comunidade. As Comunidades Eclesiais de Base são o porto seguro para tua viagem, para tua caminhada, são através desses questionamentos que se constrói o tecido seguro o resistente. VIVÊNCIA NA COMUNIDADE: A igreja povo, as CEBs são a presença mais linda, mais verdadeira, mais autentica da igreja base: IGREJA DO POVO. Deus chama, mas não puxa. Neste sentido os trabalhos nas comunidades, o povo começa a ter CONSCIÊNCIA dos seus DIREITOS e DEVERES na sociedade e na família. Para isso tem que viver desprendido de bens materiais, viver a realidade, viver o dia a dia fundamentado no VERDADEIRO EVANGELHO. Como uma pessoa simples, popular, trabalhadora, a serviço dos humildes e oprimidos. O VERDADEIRO EVANGELHO: “ Quando o povo coloca sua esperança em Deus ele responde com todo o seu amor” SL 34-(20.22)( reflexão) É aquele que vive o compromisso libertador, onde a igreja é do povo, é a essência da comunidade. É neste trabalho de conscientização que se desenvolve o DESPERTAR CRÍTICO e o COMPROMISSO SOCIOPOLÍTICO das lideranças comunitárias. Em Gurupá o PODER POLÍTICO LOCAL era concentrado nas mãos de poucas famílias, existia o AVIAMENTO e os LATIFUNDIÁRIOS IMPRODUTIVOS, o povo era extremamente pobre, as famílias tradicionais disputavam acirradamente o poder política, uma década marcada por CONTROLES FAMILIARES onde às eleições eram polarizadas e corrompidas. Em 1971 sem fazer barulho, sem ligação partidária, a igreja em Gurupá começou a fazer um TRABALHO DE BASE , CONSCIENTIZAÇÃO e ORGANIZAÇÃO POPULAR com a chegada do Vigário Padre Giulio Lupp. Um novo capitulo foi escrito, dessa vez diretamente pelo POVO. Mais com PERSEVERANÇA de trabalhadores e trabalhadoras rurais que se organizarão e conquistaram o sindicato de sua categoria que estava controlado pelos pelegos da direita. Em 1986 foi um marco de luta sem derramar uma gota de sangue em um acampamento de 54 dias. As comunidades passaram a ter um conhecimento objetivo da realidade, no seu aspecto social, econômico e político tanto que foi das CEBs que em 1992 um trabalhador rural foi eleito Prefeito Municipal de Gurupá. As amaras foram quebradas e os “patrões” destituídos de seus status. Onde o filho do Renamescente de Quilombos se elege Vereador em 1996, onde a mesma luta foi travada na titularização das terras de Quilombos e criação das Reservas Extrativista formando a consciência ambiental. O grito da necessidade de ter uma Educação pública de qualidade no meio rural instituindo o ensino médio. Essa é a importância das CEBs, a igreja é e será sempre comunidades dos seguidores e seguidoras de Jesus Cristo, uma sociedade capitalista marcada pelo consumismo e individualismo, temos que lutar como Membros das CEBs quanto mais autentico é o sentido que vamos dando a vida mais nos realizamos como pessoa humana. Isso é VIVÊNCIA COMUNITÁRIA. Lutas e conquista da IGREJA POVO, por décadas inseridas nos movimentos sociais de Gurupá, Conselhos Populares, numa caminhada longa, organizada e reflexiva, portanto hoje as CEBs enfrentam DESAFIOS de manter-se a altura da situação, enfrentando-a de FRENTE, movidas sempre por um grande IDEALISMO CRISTÃO. Um processo de TRABALHO COLETIVO e CONVERSÃO PERMANENTE. É TEMPO DE SER IGREJA: Onde as Comunidades Eclesiais de Base é um exemplo de igreja viva, se atualiza se renova a partir da perspectiva de um evangelho de libertação. Uma igreja simples, uma extensão de comunidade, clero e leigos. Uma IGREJA ABERTA para a realidade, através da teologia da libertação que interpreta os ensinamentos de Jesus Cristo como libertador da opressão e injustiças. Segundo o Teólogo Professor Leonardo Boff, as comunidades eclesiais de base seriam um NOVO MODO DE SER IGREJA e de experimentar a salvação comunitariamente, o lugar de encontro do POVO OPRIMIDO. Seriam capazes de "REINVENTAR A IGREJA" a partir da FÉ DO POVO. O sofrimento dos servos de Cristos Jesus está previsto, inevitável, mais faz parte da missão, pois é uma caminhada de fé longa e cheio de desafios, ser SERVO DE JESUS CRISTO , significa um amor fiel, quem aceita e responde este chamado como Saulo se converteu renuncia a sua AUTONOMIA se perder sua IDENTIDADE, pelo contrario esta é a profunda conversão que se encontra a sua verdadeira IDENTIDADE. Saulo que já não era O PERSEGUIDOR e sim Paulo o SERVO DE JESUS CRISTO em uma carta a Gálatas relata sua experiência: “ JÁ NÃO SOU EU QUE VIVO, MAS É CRISTO QUE VIVE EM MIM.(GL 2,20); Esta reflexão responde as três perguntas da conversão espiritual: 1- O MEU PAPEL NA COMUNIDADE EM QUE VIVO; 2- MEU COMPROMISSO COM A CAMINHADA; 3- MINHA NECESSIDADE DE VIVER EM COMUNIDADE.

3.4.17

Gurupá é um município localizado no Estado do Pará. Fica a uma distância de 500 km da sua capital Belém, é um dos municípios mais antigos do arquipélago do Marajó e da região do Xingu, que há quase quatro séculos encanta nativos e estrangeiros, moradores e turistas, tanto pela sua beleza natural, quanto pela sua riqueza histórica e patrimonial. A cidade de Gurupá foi elevada à categoria de cidade através da Lei Provincial nº 1.209 de 11 de novembro de 1885. Com 393 anos de existência e possui uma importante riqueza histórica. Na zona urbana do município de Gurupá foram encontrados 50(cinquenta) sítios arqueológicos neste município, comprovados pelo museu Emilio Goeldi. Localizado na margem direita do Rio Amazonas logo abaixo do delta (foz) do Rio Xingu, o município de Gurupá conta com dois (dois) distritos: Carrazedo, localizado entre a sede do município e o município de Porto de Moz, bem como o distrito de Itatupã localizado entre Gurupá e o município de Santana no Estado do Amapá. Além desses distritos destacam - se também as comunidades localizadas na zona rural nos rios Ipixuna, Mararú, Mojú, Marajoí, Pucuruí, Cojuba, Taiassui grande, Santana do Flexal, Jaburu, Tauarí, Baquiá, Muruchaua, Piracuí, Gurupá Miri, Maria ribeira e Jocojó. O município de Gurupá conta com uma população de 31.623 habitantes, tendo como principais atividades econômicas: o extrativismo da madeira, a coleta do fruto do açaí, a pesca da dourada e do camarão, a agricultura familiar, a piscicultura e o comercio. Gurupá é fruto de um longo processo de ocupação pelos holandeses que desejavam uma melhor comercialização com os nativos da região, chamados pelos holandeses de Mariocay. Em 1623, o Forte denominado de Mariocay pelos holandeses foi arrasado por Bento Maciel Parente Capitão Mor e descobridor e conquistador de Gurupá, tendo fundado o Forte de Santo Antônio. Em 1639 a freguesia de Santo Antônio de Gurupá foi criada e mantida por uma lei de 05 de outubro de 1827. O historiador Theodoro Braga descreve que a origem de Gurupá é indígena e significa “Porto de canoas”.