6.8.14

Nada mais natural que uma amizade compartilhada na alegria de momentos admira muito meu povo à beira do rio amazonas, contemplo o pôr-do-sol do forte de santo Antônio, tomar açaí pastoso vindo da ilha grande de Gurupá, comer um peixe assado na folha de bananeira na beira do rio Mararú, isso é tão Paraense, isso e ter orgulho de ser gurupaense, ter nascido no interior desse estado tão rico culturalmente me sinto tão à vontade, no meio do meu povo ribeirinho, tomar banho no igarapé, me renovo em cada viagem pela ilha grande de Gurupá.
A Ilha grande de Gurupá, aquela ilha traz saudade de uma infância, simples à beira do rio Mararú, sentado na canoa brincando com meus sonhos um açaizal para descobri o vinho para servi na cuia o puro açaí, a farinha no tipiti, a água vazando o igarapé sendo mariscada com timbó• aquela tapera, coberta de palha paredes de madeira velhas panelas, tudo me lembra minha raiz amazônica. Quanto te admiro, mais lindo tu fica ilha grande de Gurupá, Rio amazonas a te banhar Lindo mar de imensas maresias nesta águas, navegarem ao luar, no vento da preamar neste barco te desenho lindos traços de Gurupá, Talvez eu goste da solidão talvez eu me ironize ou fuja de mim mesmo mas sei que encontrei tudo que procurei ,dói está separação, pois estou sozinho novamente neste caminho sinto saudade sinto lágrimas em meu rosto momento de separação meu sangue, meu filho

um olhar gurupaense visto por viajantes e pesquisadores

Eles relataram o cotidiano gurupaense para a geração atual saber sobre a historia de Gurupá o trabalho de Arlene Kelly, fruto de sua Dissertação de Mestrado defendida na Universidade da Flórida em 1984, denominado Family, Churc and Crown: a social and demographic history of the Lower Xingu Valley and the Municipality of Gurupá, 1623-1889. Na sua pesquisa, a autora aborda a questão histórica do desenvolvimento da Amazônia a partir de investigações minuciosas em arquivos municipais e eclesiais, em torno das variações geográficas e demográficas do que chama de micro-regiões do Vale Amazônico. Seu estudo abordou tais aspectos nos Municípios de Senador José Porfírio, Altamira, Porto de Moz e Gurupá. Mais recentemente Paulo Henrique Borges de Oliveira Júnior (1991) escreveu Dissertação de Mestrado apresentada no Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo intitulada Ribeirinhos e Roceiros: gênese, subordinação e resistência camponesa em Gurupá – PA. Referido autor aborda elementos importantes da história do município, sua reconfiguração territorial, as relações de trabalho sob a lógica capitalista na região e do processo de produção do trabalho camponês e da resistência camponesa a partir da configuração de novos agentes sociais no cenário sócio-econômico da região como, por exemplo, a Igreja Católica e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Em Gurupá mora Jean-Marie Royer, antropólogo francês, cuja tese de doutorado defendida em 2003 na Université Paris III – Sorbone Nouvelle. Institut des Hautes Etudes,denominada Logiques sociales et extractivisme. Etude anthropologique d’une collectivité de la forêt amazonienne, Etat du Pará, Brésil, faz um relato dos mais completos e complexos das relações políticas, sociais, econômicas e culturais de Gurupá no período mais recente.

relatos de viajantes que passaram por Gurupá

Relatos de viajantes que passaram por Gurupá, entre depoimentos históricos o registro tenente da marinha real Henry Maw que no ano 1828, a cidade era importante, embora não fosse prospera, tem uma rua de traçado paralelo ao rio, algumas casa a sombra de laranjais. No ano de 1842 0 tenente coronel Antônio Ladislau Baena descreveu Gurupá tendo 68 casas em estilo palhoça e sete coberta de telhado, tinha duas ruas santo Antônio e são José, duas pequenas praças a do Pelourinho e da aldeia contigua da parte sul, a igreja não tinha telhado, as ruas eram coberta de capim. A primeira rua começava no porto e passava em frente a igreja ate o forte, a segunda rua são José começava nas ruinas da antiga vila Mariocay e terminava na praça próximo ao forte. A população não produzia mandioca, ficando esta produção vinda de Carrazedo e vilarinho do monte. O pescado incluía jiju, pescada, acará, jandiá, acará, surubim, aracu e piramutaba. A muitos aninais silvestre como porco do mato e veados na ilha grande de Gurupá. A igreja estava em estado precário era feito de barro e gesso, faltando, a falta de mandioca tinha que ser importada, o destacamento militar se encontrava degenerado. A população vivia em miséria, apesar da abundancia oferecida pela área ao redor. Ele descreve que o capitão da policia Luis Carlos Vieira, era dono de uma légua quadrada em Gurupá miri, tinha 25 escravos. A um fato interessante neste ano a visita do príncipe Adalbert da Prússia,. Em 1845 uma comissão recomendou a drenagem de um pantanal, localizado perto do igarapé itapereira, que ficava próximo ao forte, o acumulo do pântano estava causando febres na população, achava-se que era um criadouro de mosquitos. Fonte: Richard Pace, Paulo H. Oliveira Junior A pequena pré-história e historia de Gurupá

5.8.14

Um padre alemão em Gurupá

João Felipe Betendorf, após anos de trabalho com os indígenas em Gurupá, os colonos se revoltaram com o jesuíta e a hierarquia religiosa. O padre fugiu para a mata com 16 índios, ficando por vários meses até que a comida acabou ele retornaram para Gurupá, vários moradores tentaram prende-lo, porem o capitão mor era a favor dos padres e protegeu no forte. Prendeu os agitadores e mandou enforca-los, antes se confessaram com o padre alemão. Enquanto na capital havia rumores do conselho municipal que enviariam um destacamento para prender o padre em Gurupá. O capitão mor não podendo intervir nessa situação, um índio tentou defender o padre que acabou morrendo, um africano que pertencia a Antônio de França, defendeu o padre mais acabou se ferindo gravemente. Com a prisão do padre pelo destacamento vindo de Belém, a cora portuguesa rescindiu o controle dos jesuítas sobre os índios, em 1670 o padre Gaspar Misch, visitou Gurupá para retirar um sino que o capitão mor da época tinha levado para a igreja da fortaleza. Esta rivalidade entre colonos e jesuítas se estabeleceu mais de uma década. O capitão mor de Gurupá da época o senhor chamado Manuel Guedes Aranha, invadiu um missão religiosa em 1687 e confiscou os índios, em 1692 destruí um obra missionaria do padre João Maria Gorsony . Em 1693, foi erigida canônica a matriz de santo Antônio de Gurupá, sendo a segunda paroquia de Gurupá. Os índios que ali permaneceram sem auxilio dos holandeses que eram seus aliados e agora sem proteção dos jesuítas, ficaram sobre controle escravo dos portugueses, alguns viajantes relatam que sucessivas epidemias de varíola e sarampo eliminaram os índios. Fonte: Betendorf: 1909 “ crônica da missão dos padres da companhia de jesus no estado do maranhão”. Hemming: 1978 “ red gold: the conquest of brazilian Indians”. Kelly: 1984 “ family, church and crown: a social and demographic history of the lower Xingu river valley and municipality of Gurupá ”;(1623/1889)

Ruas de Gurupá