18.3.13

A oração mais linda que já li,sendo um ex aluno afonseano.

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. Onde houver ódio, que eu leve o amor; Onde houver ofensa, que eu leve o perdão; Onde houver discórdia, que eu leve a união; Onde houver dúvida, que eu leve a fé; Onde houver erro, que eu leve a verdade; Onde houver desespero, que eu leve a esperança; Onde houver tristeza, que eu leve a alegria; Onde houver trevas, que eu leve a luz. Ó Mestre, Fazei que eu procure mais Consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois, é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna. Confissão: estava longe da igreja e quase uma essoa sem religião, não me considerava um ateu mais estava longe dos principios religiosos, após a desilusão dos ideiais socialistas por muitos anos e ao olhar a imagem do novo papa, algo muito bom entrou em meu coração e voltei a ser cristão, sinto que este novo papa vai slvar a igreja e popularizar o sentimento e orgulho de ser catolico.

PENSAMENTO DE FREI BETO

Seja rigoroso na ética da militância. A esquerda age por princípios. A direita, por interesses. Um militante de esquerda pode perder tudo – a liberdade, o emprego, a vida. Menos a moral. Ao desmoralizar-se, desmoraliza a causa que defende e encarna. Presta um inestimável serviço à direita. Há pelegos disfarçados de militante de esquerda. É o sujeito que se engaja visando, em primeiro lugar, sua ascensão ao poder. Em Projeto Revoluções nome de uma causa coletiva, busca primeiro seu interesse pessoal. O verdadeiro militante – como Jesus, Gandhi, Che Guevara – é um servidor, disposto a dar a própria vida para que outros tenham vida. Não se sente humilhado por não estar no poder, ou orgulhoso ao estar. Ele não se confunde com a função que ocupa. FREI BETO

Sem dúvida, este gol fez parte de minha infancia.

Diego Maradona: Argentina x Inglaterra, 1986 Don Diego Maradona. Independente de seu estado físico ou emocional na época, por um incentivo a mais ou não, ele levou aquele extinto plantel da argentina ao topo do mundo na Copa de 86. No jogo nas quartas de final, aquele contra a Inglaterra, Maradona marcou dois de seus gols mais famosos: “a mão de Deus” e “o gol do século”. O primeiro foi um exemplo clássico do oportunismo esportivo. O segundo, este sim, driblando 6 ingleses, maradona disparou em mais de meio campo e um gol espetacular. FONTE: http://blogfutebolclube.com.br AUTOR: Hamilton Nunes
Maradona para mim foi o melhor jogador de futebol que vi jogar, na minha infancia torci para Argentina nas copas de 1986 e 1990, aquele camisa 10, era um craque que fazia muitas pessoas pararem de fazer as coisas para ve-los na televissão, aquele tempo onde eramos garotos que viviamos jogrando futebol de rua, duas travinhas e uma bola feita de sacolas plásticas nas ruas do Telégrafo, todos queriam ser Maradona, outros Raido São Paulo e poucos Romario, tinha camisa da seleção da Argentina, meu melhor presente. ao entrar para adolescencia já me enteressava por futsal, joguei no projeto da Guarda Municipal de Belém, duas olimpiadas estudantils e todas vezes até fazia um jeitão meio "ala Maradona", sempre torçi pela seleção Argentina e disso nunca escondi, vibrei com as conquistas da seleção Argentina nas copas america e jogos olimpicos ao qual eles ganharam a medalha. eu sempre simpatizava esta seleção pela garra e amor a camisa, habilidade e força de vontade da seleção duas vezes campea mundial. po isso sou aqpaixonado pela seleção da Argentina, me desculpem os brasileiros.
Ribeirinhos das ilhas de Gurupá teus rios e paranas encantam minha visão exuberante riqueza de detalhes da natureza inspira poetas do dia a dia compartilha, terra das várzeas entre portosde tantas canoas hoje tantas rabetas pelos teus rios. lugar sagrado de minha vida mararuense que sou. entre as samaumas, decifra rios e matas se entrega os mistérios, vozes e assobios. correnteza dos rio que te cortam ilha grande de Gurupá expressada no olhar, ribeirinho cansado da lida, o açaizal seu maior patrimonio, és infinito de amor. decifra-me olhsndo a beira do rio teu sembrante caboclo este sou eu.

15.3.13

Em homenagem a minha irmã Mariana Lima

Terra de são José Navegando no baixo-amazonas passei por ilhas, lugares e povoados entre tantas cidades do Amapá Tua presença estava comigo.... minha irmã Mariana me ajudou a dar a volta por cima, em minha mente em cada pensamento, por onde passei, eu vi a simplicidade de um povo cheio de costumes, história e superação, naveguei por mares, infinitos lugares, raízes amazônicas, feições humanas, lagos,rios,refúgio do Curuau, profundas tradições solo amapaense no Marco zero a linha do equador amei tua cultura,dancei Mara baixo, tomei açaí na cuia no Oiapoque,cheguei a fortaleza de são José, olhei o oceano,imenso horizonte,saudades de vocês,meus irmãos no trapiche Elieze Levy lembrei, fui a fronteira dos meus pensamentos na Guiana Francesa, cores vivas,a volta para Belém, no barco as lembranças de tudo que vivi, saudades e agradecimentos Minha irmã.
Quero sempre lembrar queoO Massacre de Eldorado dos Carajás com a morte de dezenove sem-terra que ocorreu em 17 de abril de 1996 no município de Eldorado dos Carajás, no sul do Pará, decorrente da ação da polícia do estado do Pará. Dezenove sem-terra foram mortos pela Polícia Militar do Estado do Pará. O confronto ocorreu quando 1.500 sem-terra que estavam acampados na região decidiram fazer uma marcha em protesto contra a demora da desapropriação de terras, principalmente as da Fazenda Macaxeira. A Polícia Militar foi encarregada de tirá-los do local, porque estariam obstruindo a rodovia BR-155, que liga a capital do estado Belém ao sul do estado. O governo do Estado do Pará, comandadado na época por Almir Gabriel teve sim participação nesse massacre. impunidade jamais!

14.3.13

Habemus Papam

"Anuncio-vos com grande alegria; já temos o Papa: O Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor D. Jorge Mario Cardeal da Santa Igreja Romana, Bergoglio Que adotou o nome de Francisco". Ao ser eleito, o novo pontífice escolheu o nome de Francisco. Em uma provável referência a Francisco Xavier e Francisco de Assis. São Francisco Xavier ( 1506 — 1552), santo jesuíta, padroeiro das missões, um dos primeiros companheiros de Santo Inácio de Loyola e um dos cofundadores da Companhia de Jesus. São Francisco de Assis (1182 — 1226), fundador da família franciscana, padroeiro da Itália. A Santa Sé divulgou que o nome de Sua Santidade não será grafado com "I" (Primeiro) em algarismos romanos. Isso só acontecerá se, um dia, houver um papa Francisco II.

Primeiro papa latino-americano, Bergoglio escolheu se chamar Francisco I.

Filho de italianos, o argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, passou a maior parte de sua vida pastoral em seu país natal. É formado em química e ensinou literatura, filosofia, psicologia e teologia antes de se tornar arcebispo de Buenos Aires em 1998. Tornou-se cardeal em 2001, quando o país vivia o caos na economia.Com a ação concentrada na promoção social, Bergoglio também se focou nos esforços para restabelecer a reputação de uma Igreja que perdeu muitos fiéis na ditadura. Na época, os religiosos sofriam críticas por não desafiarem abertamente um regime que matou e torturou milhares de argentinos. Tornou-se uma voz respeitada, mas que não encontrou muita ressonância nos governos do casal Kirchner. A Argentina se tornou o primeiro país latino-americano a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Bergoglio foi duramente criticado por Cristina Kirchner quando disse que crianças adotadas por casais gays eram discriminadas. A presidente comparou os discurso dele aos dos tempos medievais e da inquisição.Humilde, vive sem ostentação, cozinha as próprias refeições e usa o transporte público. Rumo ao Vaticano, Bergoglio agora vai sofrer a mais radical das mudanças e terá que adaptar seu jeito simples de ser à pompa e formalidade que cercam o chefe da Igreja.

11.3.13

Feliz Dia Internacional da Mulher!

Que traz beleza e luz aos dias mais difíceis Que divide sua alma em duas Para carregar tamanha sensibilidade e força Que ganha o mundo com sua coragem Que traz paixão no olhar Mulher, Que luta pelos seus ideais, Que dá a vida pela sua família Mulher Que ama incondicionalmente Que se arruma, se perfuma ,Que vence o cansaço Mulher, Que chora e que ri Mulher que sonha... Tantas Mulheres, belezas únicas, vivas, Cheias de mistérios e encanto! Mulheres que deveriam ser lembradas, amadas, admiradas todos os dias... Para você, Mulher tão especial...

6.3.13

Acredito que a poesia é meu refúgio de mim mesmo....

Poesia entorpecida Na capital as fumaças entorpecidas de ilusão Uma forma de estar feliz no altar sagrado Amo-te tua existência, Capital morena, curando tua fraqueza. Extensa na beleza de teus rios. No alto da torre, vejo o relógio do tempo. Não posso ficar parado Corro contra as ilusões. Até o limite do rio Guamá Agradando meu íntimo caboclo Faço de ti, uma bela poesia. Beijando-te intensamente Doce inspiração amazônica. Nas palafitas da vila da barca Misturo-me numa dose pura de aguardente Encho minha cara num bar decadente Seqüestro almas numa poesia sínica Estranha alquimia branca Na noite revelada das fumaças proibidas Exaltados sentimentos. De um poeta subversivo e anestesiado Pela imagem urbana e suja da noite, vagando pelo silêncio. És uma obra incompleta e inédita.

Segredos do Guajará

Olhando esta baía de Guajará, Passa uma embarcação frágil Levando-te nesta ausência Silenciosa... Dos meus pensamentos solitários.

Poeta papachibé

No encanto da poesia. Dos versos de Jorge Campos Um verdadeiro olhar parauara. Decifra tuas belezas e encantos Desta Amazônia boêmia. Tomando tacacá e lendo poesia Seu pássaro latino americano Voa em torno do bairro dos artistas Onde o mestre se refugia. Suas composições aliviam a alma, cabocla. Do poeta desta Amazônia. Com os sonhos do Araguaia.

De volta a terra parauara

Voltei para Belém,numa viagem cansativa peguei uma intoxicação alimentar no barco,isso me incomodou bastante,o banheiro não era muito limpo. A embarcação estava lotada,de Macapá para capital paraense vi diversos vilarejos e casas isoladas a beira do rio,igarapés e pessoas mariscando na canoa,as crianças na canoa esperam o barco passar e alguém jogar qualquer coisa desde alimentos e roupas num saco plástico,eles são muito carentes,no estreito de Breves se vê muito isso.Alguns conseguem amarrar sua canoa na embarcação para comercializar o vinho do açaí. Passamos pelo estreito de Breves de noite,contornando a ilha do marajó,paramos em Breves e depois só mata e água o dia todo.Amanhecemos em Belém ao descer no porto,beijei o solo paraense que não pisava a 54 meses,todos ficaram olhando mais só eu sei a alegria de voltar para capital e refazer novamente minha história pessoal. Onde voltaria a ser líder estudantil e ser eleito conselheiro escolar da maior escola pública do meu bairro do Telégrafo.Voltar a viver na capital e escutar sonetos de Waldemar Henrique e degustar de um açaí pastoso com pirarucu frito na feira do ver-o-peso.Viver em Belém e olhar a beleza do guajara sentir as tardes de chuva e saborear uma água de coco na orla de Icoracy.Andar pelas ruas e ver as belezas das mangueiras centenárias e ouvir uma bela poesia de Ruy Barata,no bar do parque,ao som do ritmo do carimbo de Pinduca.Belém minha casa,Belém de todos ritmos,religiões e tradição do orgulho cabano que sentimos de ser paraense carregando sempre um Muiraquitã,símbolo do regionalismo nossa maior riqueza cultural inesgotável símbolo do misticismo caboclo paraense.

A politica do Amapá

O presidente da Assembléia Legislativa do Amapá, Fran Soares Júnior (PMDB), foi afastado do cargo por 30 dias pelo Tribunal de Justiça. Entre outras irregularidades, o deputado é acusado de desviar dinheiro público para construir uma pista de pouso em sua fazenda., Fran Júnior comandou a votação polêmica que afastou João Alberto Capiberibe (PSB) do cargo de governador. Ele nega todas as irregularidades.A decisão do desembargador Carmo Antônio de Souza, deferindo agravo de instrumento impetrado pelo Ministério Público, coloca o Estado na situação de ausência simultânea dos chefes do Executivo e do Legislativo.No caso do governador, o afastamento não ocorre de fato porque Capiberibe considerou a decisão um golpe e permaneceu à frente do Executivo. Já Fran Júnior, inimigo declarado do governador, se afastou, mas deixou a Assembléia com dois presidentes.O deputado Alexandre Torrinha, primeiro vice-presidente e aliado político do governador, alega que é o presidente legal e moral. Ele tem o apoio de outros dez parlamentares.Jorge Salomão, do PFL, segundo vice e aliado de Fran Júnior, também se nomeia presidente com o apoio de 14 deputados. Salomão presidiu sessão extraordinária tumultuada que definiu a reeleição de Fran Júnior para presidente da Mesa por mais dois anos. A oposição dizia que essa eleição não é válida. A disputa pela presidência é motivada pelo fato de Fran Júnior ter declarado vago o cargo de primeiro vice na semana passada, depois que Torrinha foi expulso de seu partido, o PDT, pelo diretório municipal. A expulsão ocorreu justamente porque o deputado não votou pelo afastamento de Capiberibe. Torrinha entrou com recurso alegando que não teve direito de se defender."O Amapá está vivendo uma sucessão de golpes políticos motivados por questões pessoais que está paralisando a máquina administrativa do Estado. É o caos", disse em declaração a um jornal., enquanto fazia vigília na sala da presidência. Além do afastamento de Capiberibe e da sua expulsão do PDT, Torrinha classifica como golpe a antecipação da eleição da Mesa da Assembléia. Esse fato prejudicou muito a campanha,não conseguimos dinheiro suficiente para bancar uma campanha de reeleição,as pessoas votam muito pelo dinheiro e por cargos. Teve seu cargo cassado por parlamentares vendidos pelo sistema que comandava a casa legislativa,durante varias batalhas judiciais teve seu cargo de volta,até um suplente chegou a assumir o cargo de deputado,mais a justiça foi feita,Alexandre Torrinha voltou a ser parlamentar,nunca se rendendo a panelinha de Waldez Góes(PDT).

2002 VIAGEM AO MEIO DO MUNDO MACAPÁ

Em Macapá cenas que marcaram minha vida!

Cenas que marcaram essa campanha no meio do mundo,considerando uma Experiência pessoal muito importante. Não tínhamos hora para almoçar,nem para dormir. De dia estava nas periferias buscando e conquistando votos e lugares para colocarmos as placas;conseguimos eleger Capiberibe para senado e com meu voto elegemos Lula para presidente do país,pela primeira vez um operário comandaria um país exausto desigualdade social e desemprego. Vi Lula então candidato de perto,afinal meu cunhado subiu no palanque para apoia Dalva(PT),para governo,ela perdeu para o gurupaense radicado no Amapá Waldez (PDT). Perdemos a campanha por contratempos e traições politicas,mais valeu muito a experiência e a convivência com este povo,o mais emgraçado foi o parto que aconteceu no carro,a caminho do hospital,não deu tempo de chegar e meu cunhado que é médico fez o parto ali mesmo a beira da pista,eu e minha irmã Mariana ajudamos,cenas e situações que nunca esqueçeria. Foi dias de sufoco,ainda recordo com saudades,daqueles dias que levamos parentes e amigos para o estado do Amapá para transferir o titulo de eleitor para este estado,levamos muitas pessoas e fomos para Gurupa de voadeira e de lá fizemos compras e alugamos um barco,eu e minha irmã Mariana Duarte. Chegamos em casa de madrugada e de manhã ia buscar o pessoal,o dia ia ser longo a viagem foi tranqüila,mais estávamos viajando clandestinamente para Santana,ajudei a fazer a comida e chegamos a noite na cidade de Santana,solo amapaense depois pegamos um micro ônibus e fomos para Macapá onde alguns ficaram na casa da minha irmã Mariana e outros na casa da mãe dela,conheci meu irmãos que moravam na capital amapaense e para mim tudo era novidade,foi uma grande experiência ter participado dessa campanha de reeleição do meu cunhado Alexandre Torrinha à deputado estadual.Uma fase de minha vida ricamente ilustrada,lugares que nunca tinha imaginado ir,perto do povo estava no caminho certo,fatos e situações que a vida me oferecia.

5.3.13

A coisa mais importante do mundo é ter amigos, valorizar a família e sonhar com um mundo melhor isso é chave da felicidade,com sorte e vontade realizaremos todos os sonhos. Os ventos que às vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar. Por isso não devemos chorar pelo que foi tirado e sim, aprender a amar o que nos foi dado. Pois tudo aquilo que é realmente nosso, nunca se vai para sempre.

PENSAMENTO DE FREI BETO

Faça da oração um antídoto contra a alienação. Orar é deixar-se questionar pelo Espírito de Deus. Muitas vezes deixamos de rezar para não ouvir o apelo divino que exige a nossa conversão, isto é, a mudança de rumo na vida. Falamos como militantes e vivemos como burgueses, acomodados ou na cômoda posição de juízes de quem luta. Orar é permitir que Deus subverta a nossa existência, ensinando-nos a amar assim como Jesus amava, libertadoramente. FREI BETO

Rio Mararú, minha raiz

Toda essa experiência vivida em 54 meses foi base daquilo que vivi desde minha viagem para o rio mararú,aquela viagem me causou um impacto no sentido de moldar minha personalidade,quando comecei a viver com o povo ribeirinho,não só aprendi muitas coisas da vida como me serviram para avaliar futuras decisões que tive que tomar. As lembranças dessas viagens maravilhosas que participei num momento especial de minha vida,desde a ilha grande de Gurupá. Ficam em minha memória como testemunho de momentos intensos que a vida me privilegiou aos meus conterrâneos a quem tenho muito estima e afeto ofereço esses relatos como uma forma de dizer o quanto tenho orgulho de ser gurupaense.

2002, perto da conclusão de uma analise profunda.

Era preciso agir,lutar e concretizar, sai do exílio com um poder de analise que variava desde a aspiração poética até a teoria revolucionária,na busca de sonhos de igualdade nessa época acrescentei a preocupação com a preservação do meio ambiente e o respeito pela religião, mesmo sendo declarado socialista eu sei que a fé move montanha, sonhos e transforma vidas.

Desenvolvimento de Gurupá, através da consciencia ecologica

A chegada da FASE na região de Gurupá deu uma nova luz ao povo propondo que tinha que ter uma alternativa de desenvolvimento sustentável ao povo ribeirinho que contemple o desenvolvimento com sustentabilidade no meio ambiente, um modelo baseado na agricultura familiar, pois ainda existia conflitos agrários e familias tradicionais que possuiam extensas terras, que explora e devasta nossa mata. Devemos preservar com a agro ecologia como alternativa nessa região onde o homem vive da natureza. A FASE criou essa consciencia ecologica, nas comunidades. Desenvolver o eco turismo como um turismo que associe ao imenso patrimônio natural da Amazônia e de suas riquezas, sua diversidade cultural, explorar de forma consciente a biodiversidade e extrair os princípios ativos de plantas e animais para o uso na indústria farmacêutica e cosmética, alem de desenvolver novos corantes, aromatizantes e óleos, isso com capa citação de sua gente valorizando a cultura e nossas heranças indígenas, fazendo uma articulação o com os governos federais e estaduais juntos com as prefeituras um projeto que vise o crescimento econômico e melhor distribuição de renda, superando a pobreza existente na região, provocando o êxodo rural. Com a fundação da casa familiar rural de Gurupá, foi um exemplo de como trabalhar a terra e formar uma juventude consciente de preservar aquilo que é importante,a reforma agrária é indispensável para superarmos o latifúndio pecaminoso e injusta distribuição de terra,com uma política agrícola conseqüente e eficaz,poderíamos superar em pouco anos a miséria. Precisamos construir algo novo junto as comunidade de base,fortalecendo a igreja na missão de preservar o meio ambiente. Devemos muito a essa organização que esteve em Gurupá fazendo um bom trabalho e hoje somos orgulhosos de tudo que a FASE deixou em mossa cidade. Com a administração do Nogueira, mudou a cara da cidade e desenvolveu o municipio, dando um excelente trabalho como administrador público.

O verdadeiro ouro dos ribeirinhos de Gurupá

Qunado cheguei no Mararú o comércio de palmito,já tinha perdido o mercado devido às exigências sanitárias no exterior, exportava-se muito para França através de compradores do estado do Amapá. A maior parte da produção de palmito naquela região é direcionada ao fornecimento de fabriquetas clandestinas, que não possuem qualquer controle de qualidade. Isso foi o grande motivo do fechamento de grandes fábricas instaladas na região chamada de areião(Melgaço). A fiscalização e o não cumprimento das exigencias e o desmatamento da região. Se a fruta e o palmito de açaí do estuário amazônico perderem mais mercado, a sobrevivência dos ribeirinhos da região pode até ser comprometida no caso de monocultivo de açaí, por isso muitos ribeirinhos do rio Mararú transformaram seus terrenos em plantações de açaí. O açaizeiro É uma planta que prefere os terrenos alagados e áreas úmidas. Por isso sua ocorrência é mais freqüente nas margens dos rios, como na ilha grande de Gurupá e especial do Mararú e Mojú. Como floresce e frutifica o ano todo, é possível encontrar na mesma árvore, diferentes estágios de maturação, desde flores até frutos maduros.Dessa árvore, que chega a 30 m. de altura e se aproveita-se tudo. As folhas são usadas para cobertura de casas; a madeira é usada em construções rústicas; as fibras das folhas para tecer chapéus, esteiras e ''rasas'', cestas utilizadas como medida-padrão no transporte e comércio da fruta; os cachos secos são aproveitados como vassouras. Alimento básico das populações ribeirinhas da Amazônia. (diário pessoal-2001)

Ajue!!!!!!

Minha última aparição pública foi na inauguração da escola ''Santino Torres'',em homenagem ao meu avó,pela gestão petista do prefeito Nogueira.Mantenho vivo em minha memória as cenas desse tempo na despedida olhar de esperança de um dever cumprido ao povo minha eterna gratidão:Ajuê.Embarcaria em novas terras de são José de Macapá,onde viveria o processo político do estado vizinho,dizem que o caráter da pessoa nasce dentro de casa,se fosse assim talvez tivesse outra postura,sempre lutei por aquilo que me fazia sentir vivo,na luta classista tenho um caráter de enfrentamento,quando se indignamos deixamos de ser humilhado ,como se deixasse o estado anestésico diante das injustiças.

Ideologia verde

Tudo aquilo me enriqueceu intelectualmente,nesta luta só existe um caminho para as transformações e esse caminho é a luta,somos responsáveis pela luta intensa da implantação de justiça social e da liberdade e as vezes o sangue derramado de um mártir nos da a certeza que a luta não para enquanto houver desigualdade,as águas do rio mararú me purificaram,desafiei o tempo e isso me serviu de avaliação,percebi de que lado estaria,do outro lado do rio em defesa do povo da floresta.

Fui pai aos 21 anos de idade no Rio Mararú

no dia 23 de março de 2001 aos 21 anos de idade fui pai, nessa época não estava preparado para essa experiencia mais tive que enfrentar novos desafios de cuidar de uma linda menina Gilvannia Torres,fruto de um romance com minha prima Odiléia Serrão, quando ela teve criança no hospital de Gurupá, estava no rio Xingú na fazenda de um primo do meu pai Dico Alves,também fiquei mais próximo de meu pai Vavá Torres, ex vereador e comerciante, aposentado e genitor de muitos filhos. Nessa época foram longas conversas essenciais para me aproximar dele e entende-lo.

2000 no rio Mararú, retalhos de um tempo muito especial

Em 2000 após a vitória petista no pleito municipal,meu amigo JPAULO e sobrinho do prefeito eleito é preso injustamente acusado de homicídio,as comunidades se reuniram e lutamos pela liberdade dele,discursei nas comunidades em favor da liberdade no centro comunitário bom pastor fizemos um peça teatral idealizada em conjunto com os estudante, "o julgamento do presidente Collor", depois de mãos dadas rezamos a oração poesia que fiz o ''pai da justiça'',a Carminha irmã dele estava do meu lado se emocionou bastante assim como todas pessoas presentes,aplausos e bastante luta para continuar embarquei de madrugada para o rio mararuzinho e novamente pedi licença para expressar num discurso meu sentimento de liberdade e justiça,discursei de forma eloqüente e todos pararam e me escutarem depois nesta comunidade nossa senhora das Graças todos deram as mãos e ali faziam novamente o ato rezando a oração que fiz inspirado no pai é nosso. Todos foram libertos meses depois e até fui a delegacia visitá-lo. Nessa época fiquei bastante conhecido entre os lideres comunitários e minha imagem era outra,conheci lideres do PT de Gurupá como meu tio Chico Pessoa e Bené Gama,ambos vereadores. Fui convidado para participar de um ato em homenagem ao bispo da prelazia do Xingú Dom Erwin,numa peça teatral sobre drogas,fui elogiado pessoalmente pelo bispo a após conversar com ele descobrir uma pessoa bastante ligada ao ideais de igualdade entre os povos e a defesa da natureza. Alguns minutos de conversa para toda vida desfrutei de sua inteligência das palavras daquele pastos de ovelhas e de suas lutas. O movimento jovem ''Nova Esperança'' me Agradeceu e fiquei mais próximo a luta e os sonhos daquele povo que era minha raiz e dessas experiências surgiria uma nova pessoa. Conquistava a amizade de Importantes lideres como Zeca Fernandes e Raimundo Pinheiro, pessoas que dedicam a vida por um ideal de justiça social e igualdade, na luta pela terra,porque a terra é para quem trabalha e o povo precisa manter-la,com bases nesses valores estudei muito o desenvolvimento sustentável e de tudo que vivi em longas conversas com a amiga Francy Pantoja perceber que o sentimento de igualdade é um processo de libertação inevitável que te chama para a luta, não podemos ficar de braços cruzados e este é meu verdadeiro batismo nas águas do rio mararú renascia uma nova pessoa. Nesse tempo fui nomeado representantes dos alunos junto com a amiga Francy Pantoja e ao lado dela de forma marcante fui eleito para integrar a equipe do regimento interno da escola,após voltar a estudar eu tinha que virar líder estudantil,no Marárú terminei meu ensino fundamental,eleito pelos dirigentes comunitários e estudantes estive a frente das mobilizações estudantil, sempre ao lado do povo foi um importante período de conhecimento sobre os costumes e modo de vida do povo ribeirinho de grande valor ético e moral pelos lideres Raimundo Rodrigues, Clodovis Pantoja, José Macauba e meu amigo que faleceu em 2004 Marinaldo Pantoja. Defendendo aquilo que sempre acreditava na escola sempre era aplaudido com meus discursos sonhadores defendendo a ética. Valores muito importantes para mim que conservarei durante toda minha vida, como Guevara falou certa vez: "A argila fundamental de nossa obra é a juventude. Nela depositamos todas nossas esperanças e preparamos para receber idéias para moldar nosso futuro"'. Eu acredito na força jovem,principalmente do meu povo,minhas raízes,minha história de vida .

Bispo da prelazia do Xingú, um rosto amazonico

Conheci o bispo do Xingu,Dom Erwin em 2001,numa das visitas pastorais que acontece em dois e dois anos,nos 11 setores da paróquia de santo Antonio no rio mararuzinho.Fui convidado para participar pelos integrantes do movimento jovem nova esperança,para participar de uma peça de teatro contra as drogas.e ao ser elogiado pessoalmente por ele ,vi nele o evangelho com rosto amazônico ,minha grande amiga Francy Pantoja estava comigo e participou também dessa homenagem ao bispo.Nesse tempo passo a conhecer e conversar com o pai da Francy, Raimundo Rodrigues,um líder comunitário e grande orador,fazia discursos eloqüente e sempre me deu apoio.Além da admiração que sinto por conquistar sua amizade pelas qualidades como dirigente comunitário e sindical,ganhando meu mais profundo sentimento de amizade e respeito.Também ressaltando a grande influência que meu amigo José Macauba,tem na comunidade bom pastor no rio mararú.A honrosa contribuição para essa comunidade,desse homem integro de caráter irretocável,que ficara sempre em minha memória.

Raimundo Nogueira, um mararuense se torna o maior lider politico da região de Gurupá

Raimundo Nogueira se tornou o maior líder político da região, nascido no rio Mararú, eleito três vezes vereador, presidente do PT municipal e isso consta que a trajetória de uma pessoa pode desenhar muitas imagens. Boas e ruins, tudo depende do sonho de cada pessoa, foi no calor do povo que Raimundo Nogueira prefeito por três vezes de Gurupá, escreveu sua história imprimindo com belas páginas escritas ainda quando vereador por três vezes, trabalho e honestidade, o povo escreveu na sua história política a certeza de uma gestão séria e competente, foi pelas mãos do povo gurupaense que tem seu filho ilustre o maior orgulho desta terra benzida por são Benedito nas margens do rio amazonas. Ele é um exemplo de ética e confiança onde o povo depositou em suas propostas de desenvolvimento e o município de Gurupá ganhou muito, um gestor que conhece e entende o povo. Minha sincera admiração e amizade.
Em 1982 fui batizado pelo padre italiano Giulio Luppi,defensor da reforma agrária na região de Gurupá. Foi um dos fundadores do movimento que se organizou em comunidade eclesiais de base,esteve em muitas lutas em defesa do direito dos trabalhadores rurais de Gurupá.Ele é uma pessoa muito respeitada pelos trabalhadores rurais de Gurupá,responsável pela conscientização do povo,se organizando em comunidades de base na zona rural e tomando o sindicato dos trabalhadores rurais na cidade,assim fundaram o partido dos trabalhadores na região.Tornando senhores do seu próprio destino. A história do movimento popular de Gurupá por sua atuação junto ao Sindicado dos Trabalhadores Rurais de Gurupá. Em1986 entrou em forte confronto contra as classes conservadoras que até então dominavam a entidade. O conflito, que culminou em um acampamento de protesto em frente ao prédio do sindicato durante 54 dias, resultou na retomada da instituição pelos trabalhadores rurais. A história de mobilização política de Gurupá é um dos grandes orgulhos da classe trabalhadora e seus líderes. O processo de conscientização e educação popular na zona rural foi iniciado pelo padre Giulio Luppi desde que chegou à cidade no início dos anos 70. A partir de então, desenvolveu-se um forte movimento popular, que atualmente domina o quadro político do município através da prefeitura municipal.

4.3.13

2000 um ano de decisões, navegando com meu instinto idealista e crítico.

Na cidade de Breves a beleza de uma parte do marajó,quando estive lá vi muitas coisas serrarias grandes,passei um mês na cidade,a criminalidade aumentava cada vez mais,é assustador andar nas ruas da’quela cidade,a prostituição entre jovens,uso de entorpecentes na orla e crianças pedindo esmola no porto,mais tudo tem sua beleza,quantas vezes vi o amanhecer pilotando o barco,reboando enormes jangadas de toras de virola,eram viagens cansativas,porque requer está preparado para tudo,pular no rio a noite para amarrar a jangada se perde a maré,ou quando o tempo não deixa atravessar o grande rio amazonas,belezas e contrastes,a beleza se sente no calor do povo ribeirinho,o romantismo fica por conta do vento e das águas calmas dos rios desse município onde nesta águas onde navegamos os ribeirinhos tomam banho e escovam os dentes,a mesma água do rio usada para consumo próprio.Nas minhas lembranças vivendo dentro de um barco pelos rios desse grande município de Breves. Vi Várias jovens na orla que estão ali para fazer programas - é comum o entra-e-sai de embarcações. Muitas andam em grupo, ou acompanhadas de homens, geralmente maiores de idade, com roupas ousadas e sem se preocupar com as autoridades policiais, escassas na cidade, , em vilas de ribeirinhos no rio Tajapuru, entre Breves e Melgaço, meninas entre 11 e 14 anos sobem em balsas que atravessam por ali, geralmente indo de Manaus para Macapá, sendo puxadas por cordas. Elas abordam as embarcações em canoas. Dentro dos navios, elas fazem programas, ou seguem até Macapá, para retornar em seguida. Dentro das balsas o preço do programa varia e é fechado até por escambo: quando não por dinheiro, as meninas fazem o programa em troca de mercadorias, como comida e combustível. Passei quase um mês lá, morando no barco do meu tio Samuel Torres, onde estávamos num porto para retificar a embarcação que seria usada para rebocar madeiras em toras pelos rios desse município.

Vivencia no rio Mararú

As casas dos ribeirinhos na região dos furos da Ilha de Marajó são construídas geralmente ao lado de um pequeno igarapé, pois com a elevação das águas sobre a influência das marés, os peixes entram nos igarapés e quando a maré abaixa, ficam presos em redes ou cercas colocadas no início da vazante pelos ribeirinhos. Assim, todos os dias, com a subida e descida da maré, o peixe fresco para a alimentação está garantido. A água salgada do mar não entra na região dos furos, mas represa a água do rio Amazonas ou do Pará, promovendo a alteração do nível da água. Alguns ribeirinhos plantam açaizeiros e com a retirada do cacho do açaí para venda e consumo do diario, cortam palmito e vendem as fabriquetas clandestinas e fazem manejo mensalmente, assim, garantem a cada dia um produto para vender e comprar o básico que é oléo disel e a farinha para comer com o peixe, junto com as frutas abundantes na região, como o buriti, a pupunha, o ingá e o açaí.

1999, na janela do barco olhando o amazonas e meu pensamento distante

Da janela do velho barco “TORRES”,enfrentava as maresias e a saudade de Belém,rebocando enormes jangadas de madeira clandestinamente sempre a noite,eu meu tio Samuel e meu irmão Fernando, muitas vezes um amigo Macaúba acompanhava a gente nessas viagens,as vezes tínhamos que amarrar a jangada na beira do rio para esperar a maré, bebíamos aquela água barrenta do rio amazonas e tomávamos aguardente para passar o sono, quantas vezes ficamos a beira do rio amazonas olhando as estrelas e o barulho das águas com os botos ao redor da embarcação. As vezes quando tínhamos sorte encostávamos naquelas casas a beira do rio, eles ofereciam açaí feito artesanalmente e peixe assado, situações e fatos que iriam me acompanhar para sempre,como inesquecíveis lembranças de um tempo de experiências simples e importante para meu amadurecimento. Trabalhadores sem carteira asssinada nas serrarias clandestinas, viagens nos municípios de Breves e Anajás, vi que aqueles trabalhadores faziam compras nas cantinas dos donos da vila que eram os proprietários da serraria, eles empregam as pessoas que moram ao redor da serraria,sem nenhum contrato de trabalho nem benefício trabalhista,os mantimentos são caros e descontado no ordenado do trabalhador, quando chega no final eles não recebem nada e ainda estão devendo para o patrão, virando uma bola de neve, não podendo ir embora ou largar o serviço se não pagar a dívida, o trabalhador dessas serrarias se torna escravo por essa dívida. Nao sei se ainda existe isso, mais no tempo em que passei por essas serrarias vi muita coisa.....

1999 minha aprendizagem no rio Mararú.

Conheço naquele povo a beleza exótica de uma cultura unindo o passado com o presente, minha origem jamais neguei e às vezes fico com os olhos cheios de lágrimas, toda vez que lembro desse tempo que passei lá,toda vez que vejo O mar vem em minha lembrança as embarcações,casas de madeiras sobre palafitas,paisagens naturais e relembro com emoção tudo que vivi,logo eu que sempre fui urbano e de repente me vi na zona rural,cercado por uma beleza incomensurável,com pessoas e estilos de vida completamente diferente do meu,foi um tempo de aprendizagem. Quando cheguei em Gurupá no baixo rio amazonas,minha impressão era de uma cidade pequena,de um forte erguido e banhado pelo rio amazonas,um prédio que era a a prefeitura,a igreja matriz e a reliosidade do povo pelo seu santo negro,herança dos escravos,me banhei nesta paisagens e renovei toda minha história pessoal. Em um exílio de 45 meses na ilha grande de Gurupá no rio Mararú. Quando descobrimos que podemos ir além de nossos limites,também ousamos enfrentar nossos próprios medos.Passei por diversas reflexões pilotando um velho barco,em viagens cansativas em dias e noites,meu destino estava traçado. No rio Mararú percebi que os rios e igarapés são as estradas naturais da floresta é de enorme importância na vida dos ribeirinhos, dos rios as pessoas tiram seu sustento e junto aos rios encontra-se as terras férteis da várzea e nas cheias é inundada. Isso fazia parte da vida dos ribeirinhos e além de fertilizar a terra,possibilita a retirada de madeira em lugares de difícil acesso,no meio da mata,estava remando em uma canoa no igarapé admirado com tamanha exuberância da floresta baixa e diversificada e me deparei com santuários intactos da natureza e sobre a sombra da grande árvore rainha da várzea "Samauma".

Relatos do meu diario pessoal em 1999, viagens insqueciveis sobre mim!

O problema do ribeirinho é a distância da cidade e muita dificuldade era ter um atendimento digno de saúde,tudo isto me fazia escrever,ter sonhos não significa mergulhar na utopia e sim acreditar que tudo é possível a diferença que sabemos que destruímos e continuamos a fazer tudo errado,ter consciência crítica pois em Gurupá estão minhas raízes,coisas que não posso perder são cenários de minha vida que me dão a essência da poesia proletária,valorizei tudo e aprendi junto com aquelas pessoas. Trabalhando na fábrica de conserva de palmito do meu pai,rebocando jangadas de madeira tipo virola nos municípios de Breves,Anajás,eram viagens intermináveis mais me dava o direito de conhecer as pessoas e conviver com os costumes que eles ensinavam,era uma cultura de sobrevivência muito importante para meus diários,lendo bastante o dia e a noite viajando superei a dor e distância de minha avó Palmira,meus dias no exílio estava numa delicada opinião onde o homem devasta e explora sua maior riqueza a extração de madeira sem replantio, palmito sendo vendido pelo preço inferior ao comercio. Os ribeirinhos tinham expressões cansadas e mesmo assim hospitaleira,tomei açaí e comi carne de caça nos portos que atracava nas viagens de reboque de madeira,olhava a simplicidade do povo e serrarias pagando funcionários com ''vales'',falta de escolas em vilas do município de Breves e Melgaço. Devo buscar no sentimento de amizade uma forma em reescrever minha historia de vida, um novo começo, nesse tempo conheço pessoas especiais e convivi com aquele povo que me sentir meu sangue caboclo correndo pelas veias,me deslumbrei com a natureza ao ver de perto uma árvore de samauma a rainha da várzea.Comi carne de caça,peixe mariscado na hora,açaí pastoso feito artesanalmente.Entrei em casas cobertas de palha,paredes de madeira e trapiche tipo pala fitas a beira do rio,tomei banho e senti a liberdade de santuário da natureza no rio mararú. Manti laços de amizades que sempre me deram força,quando voltei as minhas origens eu aprendi muito,até um simples abraço,um aperto da mão e um sorriso,tudo isso me fez entender minha identidade amazônica. (diario pessoal 1999)

1999 entre viagens e pensamentos

Em 1998 convivendo direto com essas pessoas e muitas viagens foram feitas nos municípios de Breves,Melgaço e Anajás,trabalhava com meu irmão Fernando Estácio, rebocando enormes jangadas de madeira em tora,meu tio Samuel Torres,tinha um barco de seis toneladas e um motor médio mais potente capaz de puxar duas mil toras de madeira,viajamos na clandestinidade,no meio de temporais atravessando o rio amazonas e maresias freqüentes Também tive a oportunidade de fabricar conserva de palmito em potes de vidro,para atravessadores que compravam e levavam para o estado do Amapá, por preço abaixo do mercado, A beleza da região tem cada imagem que vira poesia de harmonia entre o povo e sua majestosa natureza. O barco cruza o rio tão vagaroso e sem pressa que as águas cortam sua frente,nessas águas barrentas do rio amazonas,eu busquei um reflexão entre um desenvolvimento sem agressão aquele meio ambiente em que vivíamos, Para mim foi um grande desafio começar a pensar e cuidar de tudo aquilo que é essencial a comunidade, plantar, manejar e ter consciência que temos que preservar uma imensidão de verde, matas fechadas e rios, uma de visão com os contraste de serrarias clandestinas, desmatamento,queimadas e latifundiários improdutivos, isso ofende a biodiversidade, causa impacto ao mundo todo, essa é a consciência que devemos colocar as futuras gerações que a floresta em pé dá mais lucro que derrubada.

Laços de amizade no rio Mararú

Quando sai de casa num exílio forçado pelos erros de uma adolescência marcada por aventuras e curiosidades, aos 18 anos sai de casa. Deixei Belém para reconstruir minha própria vida e ter uma nova visão sobre vários significados de minhas novas experiência naquele novo cenário de minha v ida. O mar estava agitado e ainda lembro daquela noite, foi um processo mental de amadurecimento, mais eu tinha que passar por essa experiência e tinha que está preparado para enfrentar dificuldades no futuro,afinal seria um longo exílio no rio Mararú,lugar onde cumpri minha sentença,diante de mim o rio amazonas que se apresentava majestosamente.Voltaria a estudar e logo me torne líder estudantil,concluindo meu ensino fundamental que na capital tinha deixado incompleto e aprendi com todos o maior valor da vida:amizade. Pequenos gestos que reservo em especial ao meu amigo morto em 2004 Marinaldo Pantoja,faleceu por erro médico e devo a ele minha eterna gratidão a sua amizade,amigo de todas as horas que nunca teve tempo ruim,a lembrança sempre une a simplicidade e o verdadeiro conceito da vida. Muitas amizades foram feitas entre elas Francy Pantoja,grande amiga e uma pessoa de idéias profundas,juntos fomos líderes estudantil,onde ela me deu o lugar de representante da turma e sendo minha vice,com apoio dela fui eleito ser membro da equipe do regimento interno da escola,ganhando do meu amigo Marinaldo,alunos e professores me deram sempre apoio as minhas idéias.

1999 um ano cheio de descobertas no rio Mararú

Sou uma pessoa de origem cabocla de sangue amazônico que vem de um povo que me orgulho de ser gurupaense.É uma honra ter sangue desta terra sagrada,banhada pelas águas do rio amazonas disputas de holandeses e portugueses,origem dos índios Mariocay.Gurupá é minha raiz e minha história,modifiquei meu destino ao conviver com os anseios e sonhos do povo. Me emociono a cada dia reescrever minha história,tenho sonhos e assim como o povo sou fruto da'quilo que sonhamos e a única maneira de descobrir os limites do possível é ir além do impossível e ousar aventurar-se pois sonhos não tem limites nem fronteiras.Assim como minha vida! lembro quando tinha meus 17 anos estava profundo conhecedor do socialismo, as ideais fervilhavam sobre Guevara e Marx,para quem viveu aquela época de efervescência cultural na praça da republica sabe que estou falando.Aquele tempo foi marcante onde todas tribos e idéias se encontravam na praça da liberdade e surgia modas,gírias e movimentos anarquistas e roqueiros de plantão,o cenário rebelde foi palco de todas revoluções,poesias e conquistas do movimento estudantil.Conceitos de lealdade e liberdade,tudo acontecia e as passeatas nos levavam a ter um consciência de luta,assumir um postura em que não se podia ficar parado entre bandeiras de agremiações estudantil e partidos da esquerda. Era preciso usar o espaço para expor minha ideologia socialista e criticar a sociedade que estava desmoronando ao qual não fazia parte,mais tudo se acabava em longas tardes na praça,regado a vodka e vinho barato,a fumaça da ideologia era a essência que eles produziam,vi que aquilo não ia me levar a luta,tinha que denunciar o preconceito racial,a violência policial afinal tínhamos tantas ideais que não sabíamos fazer com elas,era nesse fase que conheci meu grande amigo Wagner,fizemos da amizade demonstrações de lealdade,afinal mostrei a todos que compartilharam essa fase comigo que nesse mundo a amizade e confiança são essenciais para mantermos vivos. Sempre li muito me tornei trotskista em reuniões intermináveis, de intelectuais burgueses que debatiam questões sociais mais não tinham coragem de ir para luta, está luta de classe sempre nos colocou em trincheiras opostas e a ruptura foi conseqüência, adquiri nas leituras, hábitos de escrever diário e anotava tudo, que vivia e aprendia meus pensamento e minha visão sobre a vida e a política. Mais foi o francês Jean-Jaques Rosseau,que mais me impressionou cujas ideais de um homem natural era essencial para renovar-se,o homem natural nasce com uma natureza boa e é corrompida pela civilização,em seu livro ''contrato social'',ele diz que o homem nasce livre,mas onde quer que esteja,ele está acorrentado. Depois de ler bastante preferi pensar e desenvolver minha consciência crítica,pensar,agir e ter novas informações.Aquele momento em que aprendi a lidar com a Internet aos 17 anos após fazer um curso me fez ver um outro mundo,saber da história dos movimentos revolucionários da América - latina era uma espécie de convite a luta!Meu pensar crítico me fez atravessar para o outro lado do asfalto, vi de perto a desigualdade social e isso provocou em mim mudanças. Quando dei uma guinada de 180º graus aos 18 anos após sair de casa para o rio mararú,deixei a capital paraense depois de uma seqüência de erros primários que teve efeito domino,tive que aprender a viver longe da agitação urbana,faltava peças de um quebra-cabeça de minha vida e lá encontrei minha verdadeira história,participei de um processo equivocado de mudar o mundo e acabei me envolvendo em muitas coisas,o que tinha a fazer lutar por minha ideologia esquerdista e voltar a estudar,terminei meu ensino fundamental,onde na escola sempre fui um péssimo estudante e um bom militante,agora tinha que ser um bom estudante para virar líder estudantil

1998 fui para um longo exiio num cenário poético e reflexivo no rio mararú absorvendo novas experiências

Eu sempre estava indignado porque uns tinham e outros não,fui aluno freqüentador da fundação Curro Velho no Telegrafo onde a cultura era arte em tudo que fazíamos,fiz alguns cursos e aprendi a pintar, conheci o outro lado do asfalto nessa época nas favelas da vila da barca onde mantinha amigos de infância, aquele cenário de pobreza me chocou vi de perto a desigualdade social e onde as pessoas trabalhavam em subempregos, crianças pedindo no sinal de transito, tráfico de drogas e meninas se vendendo nas esquinas, a policia estava corrompida e facilitava tudo,alguns amigos morreram nessa época outros viraram assaltantes e não tiveram tempo de contar suas histórias,enfim o sistema não me corrompeu e sobrevivi diante das coisas que aconteciam tinha que adquirir experiência e ideologicamente já estava inclinado ao socialismo ,está fuga que resultou na solidificação de minha convicção esquerdista.Vivi tudo na minha adolescência e claro algo incontrolável e agitado está na capital paraense tudo era sonhos rebeldes sem causa onde decifrar a palavra liberdade era escrever uma poesia entorpecida por um som que virava a cabeça de uma geração,onde aprendi a respeita as diferenças e me arriscar intensamente.Percebi uma sociedade consumista vendida pelo capitalismo a imagem de Che Guevara nas estampas de camisas. Afastei-me da religião e fiz um pacto comigo mesmo seria o mestre de minhas próprias situações. Ocupei espaços indevidos num mundo que não era o meu, fui exilado para longe num cenário poético e reflexivo no rio mararú absorvi novas experiências, iniciei minha militância ainda jovem nas passeatas mais agora a natureza que via era uma nova história na foz do rio amazonas em 54 meses de minha vida, estive nas mobilizações estudantis e rurais, fui um líder estudantil, nunca escondendo minha visão política.

voltando as origens gurupaense

Sou Gilvandro Torres, nascido no rio mararú no município de Gurupá na ilha grande de vim para Belém aos 3 anos de idade,morar no bairro do Telégrafo.Minha formação ideológica vem da admiração pelos movimentos revolucionários da América latina,admirador dos movimentos de esquerda,me tornei socialista por acreditar que uma pessoas de origem amazônica que cresceu dando lições de lealdade e amizade nas escolas do bairro era do tipo um pé nas passeatas e outro na escola. Estudei em escolas públicas do bairro do Telégrafo, isso exigia de mim algo importante ser diferente e esperto dentro do sistema, liderava a bagunça na sala, mais era sempre o líder em defesa dos amigos comprava qualquer briga você pode até fingir mais é difícil de esconder o que quer e ao mundo que pertence. Ao ser derrotado pela vida varias vezes aprendi que derrotas são estimulo para as vitórias, se não fosse forte estaria derrotado mais continuo no ringue pronto para dar um nocaute! Minha adolescência foi marcada por agitações de uma idade de descobertas, participei de muitas passeatas de protesto contra o governador do Pará na época Almir Gabriel, meu julgamento moral me fez manter vivo e as flores do jardim selvagem morriam pouco a pouco. Defino minha adolescência como uma grande lição de vida onde experimentei tudo e paguei um preço alto. Fiquei longe de tudo e em 1998 retornei as minhas origens no rio mararú. Preparei-me ideologicamente para voltar para capital onde deixei amigos, família e muita coisa por fazer.Foi uma viagem de amadurecimento incrivel.