8.1.12
O tempo tem tempo de tempo ser, o tempo tem tempo de tempo dar, ao tempo da noite que vai, correr, o tempo do dia que vai chegar” RUY BARATA
Poeta paraense, que conseguiu revelar a poesia que existe nas águas de nossos rios: Rui Paranatinga Barata.
Anjo dos Abismos
Quero chegar diante de ti
não como o vulto familiar que doura o teu
sossego, não como a imagem do sonho
que se perde na bruma, mas como o fantasma de dentro de ti
mesmo.Quero chegar diante de ti,
e olharás minha longa cabeleira,
minhas faces esvoaçantes,
meus olhos incolores e adivinharás que atravessei
os limites do eterno. Ó esta noite todas as luzes estarão veladas
pelo sono,todos os silêncios serão devorados
pela eternidade,todas as chagas ressurgirão das dores,
todos os olhos estarão desmesuradamente
abertos mas não poderemos sentir
a Sua mágica presença porque então passamos à pátria das essências.
Esta noite chegarei diante de ti, nossas almas se confundirão na grande viagem,
nossos olhos se alongarão ao paraíso dos símbolos
onde nasce o grande mar das almas moribundas.Chegarei sobre a tranqüilidade dos teus cânticos e te assombrarás com este vulto notívago de morto
que se suspende milagrosamente além dos tempos
e que conduz as asas multicores no derradeiro vôo das espécies.
O sim sou eu por sobre as nebulosas,
fantasma que povoa quatro mundos, imagem perdida e mais tarde encontrada
no ilimitado céu da poesia.
'' ... Saudade é amar um passado que ainda não passou, É recusar um presente que nos machuca, É não ver o futuro que nos convida ... '' Pablo Neruda
Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.
Pablo Neruda
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.
Pablo Neruda
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