15.2.13

“O apanhador de açaí, retira seu fruto com a peçonha em seus pés descalço, debulhando cada cacho no meio da mata de várzea onde o caboclo prepara o porronca para espantar os mosquitos, uma dose de aguardente para esquentar. O dia tão duro, o sorriso constatando, uma boa safra, manejo bem planejado embarca na canoa, retirando água com a cuia terçado rabo de galo afiado, vai para sua casa, vender para os atravessadores por um preço abaixo da média troca por rancho, óleo dísel para a lamparina e pilha para o radio velho, embalando em sua rede, pois amanhã é outro dia. Em Gurupá no porto do Glal os açaizeiros chegam de madrugada e vendem em paneiros o caroço do açaí aos apreciadores do vinho e degustadores do verdadeiro ouro ribeirinhos, fieis apreciadores do açaí”. (diário pessoal 1998)

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