12.6.18

Poema de sangue Numa época em que o ser humano de cor diferenciada era tratado de forma desumana. Eram presos a espera da liberdade. Tirados de suas famílias, levados em porões de navios. Vendidos como bicho. Exposto e torturado pelo seu “senhor”. Chicoteados na presença de outros escravos. Sob ordem do dono da fazenda. Era assim o cotidiano de Gurupá Mirí na época de Pedro Lima. Que se dizia através de supostas cartas de sesmaria proprietário destas terras. Tinha uma fazenda e comprava escravos em Belém e revendia para outros senhores. O sangue escorria nos corpos desses angolanos Era jogado vinagre e sal. Castigo severo para os que amanheciam doentes e não trabalhavam Até o dia da libertação através de escravos que fugiram para Jocojó e dali se espalharam. Ali se estabeleceram com proteção de Antônio do manituba. Segundo relatos passados por gerações. Quem vai a Gurupá Mirí não sabe que ali foi um palco de tortura e agressões no passado. Vivencia pela centenária sumaúma, testemunha intacta de tantos cotidianos. Autor: Gilvandro Torres-2015

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