12.6.18

UM POUCO SOBRE GURUPÁ-GILVANDRO TORRES 2015

CARACTERIZAÇÃO DO ESPAÇO NATURAL, TIPOS DE ECONOMIA TRADICIONAL E ALTERNATIVA: CRIATIVA, SOLIDARIA SEUS CICLOS E CONFIGURAÇÃO DO AMBIENTE RURAL E URBANO. O chamado patrão fez parte da história do município de Gurupá desde o sistema de aviamento até o sistema de votos em que os fregueses eram obrigados a votar no candidato do “patrão”. Algumas famílias se diziam donas de grandes faixas de terra, exigindo que fossem os únicos compradores da produção dos posseiros que ocupavam sua propriedade. Nessa época como era preciso provocar uma mudança tanto social quanto política. O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Gurupá começam a conscientizar o povo na questão de seus direitos. O patrão cobrava ainda desses moradores 5% de "taxa de uso do solo". Esse modelo se perpetuou por décadas, até que um levantamento fundiário feito com apoio do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais mostrou que a maioria das escrituras desses latifundiários não tinha validade, havia extensão de terra declarada em escrituras no cartório quase duas vezes maior do que o tamanho do município, sendo que estes documentos não teriam validade. A ONG FASE teve um importante trabalho de assessoria e implantou a consciência ambiental na população da zona rural, sendo um instrumento de promoção social do desenvolvimento sustentável, na sua visão como foi essa luta de conscientização. Aspectos relevantes para compreensão e promoção da cultura gurupaense O acampamento de 1996 é considerado um marco histórico do STTR- Gurupá e do movimento social de Gurupá, os companheiros de chapa, tiveram grande importância de cada um no processo sindical de organização sindical e os preparativos da luta sindical, onde era uma necessidade tomar o sindicato e ser verdadeiramente representado pelos trabalhadores rurais. Na década de 1980 a FASE, apoiou o movimento sindical na conquista do sindicato rural, além de ajudar a programar alguns projetos, como o projeto Bem Te Vi que apoiava os agricultores e pescadores. Esse apoio foi essencial para o meio rural. As terras de Gurupá pertenciam a cerca de 10 grandes proprietários, isso aconteceu pelo colapso da época da borracha na região com seu processo de aviamento e algumas famílias não conseguindo saldar as dívidas junto ao patrão e entregavam as estradas de borracha como forma de pagamento e com o tempo essas famílias acumularam muitas posses de terras passando a ser latifundiários. A madeireira multinacional norte americana BRUMASA S.A que havia comprado em 1966 uma grande área de terras no município de forma duvidosa. Os rastros da exploração ilegal no município de Gurupá causaram destruição nos seringais na ilha grande de Gurupá. A consequência foi avassaladora dos latifundiários onde os posseiros extraiam madeira e palmito sem consciência ambiental. O povo ribeirinho tomou conhecimento dos seus direitos ao se organizarem e perceberem que a mata em pé dá mais lucro do que derrubada, em 1989, com o apoio de Ongs realizou-se um seminário com o seguinte tema: ―Trabalhador Rural de Gurupá em Busca de Alternativas. As conclusões da pesquisa socioeconômica realizadas com o auxílio das lideranças sindicais e comunitárias possibilitaram as condições para que, no seminário, fossem definidos os rumos da luta sindical por melhores condições de vida e de trabalho. Com base nas decisões tomadas no seminário, foi elaborado um projeto, o qual apontava caminhos para melhores condições econômicas no campo da agricultura, do extrativismo e na capacitação de trabalhadores para atuarem contra a exploração capitalista e na defesa dos recursos naturais. mento inédito na economia local.

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