4.3.13
1998 fui para um longo exiio num cenário poético e reflexivo no rio mararú absorvendo novas experiências
Eu sempre estava indignado porque uns tinham e outros não,fui aluno freqüentador da fundação Curro Velho no Telegrafo onde a cultura era arte em tudo que fazíamos,fiz alguns cursos e aprendi a pintar, conheci o outro lado do asfalto nessa época nas favelas da vila da barca onde mantinha amigos de infância, aquele cenário de pobreza me chocou vi de perto a desigualdade social e onde as pessoas trabalhavam em subempregos, crianças pedindo no sinal de transito, tráfico de drogas e meninas se vendendo nas esquinas, a policia estava corrompida e facilitava tudo,alguns amigos morreram nessa época outros viraram assaltantes e não tiveram tempo de contar suas histórias,enfim o sistema não me corrompeu e sobrevivi diante das coisas que aconteciam tinha que adquirir experiência e ideologicamente já estava inclinado ao socialismo ,está fuga que resultou na solidificação de minha convicção esquerdista.Vivi tudo na minha adolescência e claro algo incontrolável e agitado está na capital paraense tudo era sonhos rebeldes sem causa onde decifrar a palavra liberdade era escrever uma poesia entorpecida por um som que virava a cabeça de uma geração,onde aprendi a respeita as diferenças e me arriscar intensamente.Percebi uma sociedade consumista vendida pelo capitalismo a imagem de Che Guevara nas estampas de camisas. Afastei-me da religião e fiz um pacto comigo mesmo seria o mestre de minhas próprias situações. Ocupei espaços indevidos num mundo que não era o meu, fui exilado para longe num cenário poético e reflexivo no rio mararú absorvi novas experiências, iniciei minha militância ainda jovem nas passeatas mais agora a natureza que via era uma nova história na foz do rio amazonas em 54 meses de minha vida, estive nas mobilizações estudantis e rurais, fui um líder estudantil, nunca escondendo minha visão política.
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