26.9.15

A NECESSIDADE DE TER UMA FABRICA DE POLPA DE AÇAÍ EM GURUPÁ

O açaizeiro (Euterpe oleracea) é uma palmeira típica da Amazônia e predominante em todo município de Gurupá. Esta é a espécie utilizada para a produção do tradicional “vinho” do açaí, e também para produção de palmito, retirado da porção terminal do estipe (caule). O açaizeiro é uma palmeira importantes que é se desenvolvido varias atividades econômicas, envolvendo populações principalmente da zona rural. A principal característica dessa espécie é a abundante emissão de perfilho (brotações que surgem na base da planta), o que possibilita a sua exploração permanente, desde que racionalmente manejada. É planta que pode ser cultivada em áreas de várzeas sujeitas à inundações periódicas, constituindo-se em alternativa para utilização dos solos úmidos que margeiam igarapés, rios e lagos da região, podendo também ser explorada em áreas de terra firme. Na Amazônia central e ocidental ocorre comumente uma outra espécie do gênero - Euterpe precatória - que é unicaule, não apresentando perfilhamento. A espécie considerada neste estudo, para fins de plantio, é a Euterpe oleracea. O açaí foi explorado até recentemente, no estuário amazônico, principalmente para a extração do palmito e, em grande parte, de forma predatória. No início da década de 90, tal fato chegou a representar uma ameaça de desequilíbrio ecológico, com reflexo na atividade econômica. Alertadas por tal situação, as autoridades ligadas à questão do meio ambiente tomaram providências, inclusive de caráter legal e normativo, que provocaram uma diminuição desse tipo de exploração danosa. Atualmente nessa região crescente adoção de métodos de manejo dos açaizeiros, orientados pela atuação da FASE- Gurupá, o que contribuiu para a consolidação da exploração do açaí como atividade econômica sustentável. Observa- se também um maior interesse das populações locais pela coleta dos frutos, em detrimento da extração do palmito. Isto decorre da melhor remuneração obtida pelos coletores em conseqüência do aumento do mercado para a polpa de açaí, principalmente com a introdução e aceitação do produto no sudeste do Brasil. Neste estudo será analisada a viabilidade econômica do plantio comercial de açaí nos estados do Amazonas e Acre, e da agroindústria de polpa congelada de açaí nestes estados e no Estado do Amapá. Não se estudou o plantio no Amapá, devido a enorme abun- dância de açaizais nativos e a existência de tecnologia, gerada pela EMBRAPA, para exploração racional destes açaizais, configurando para este Estado uma situação privilegiada quanto a oferta de matéria-prima e o conseqüente enfoque somente no segmento agroindustrial. O açaizeiro é uma palmeira delgada que pode atingir acima de 25m de altura. Apresenta-se em forma de touceiras. Cada touceira possui em torno de 20 estipes, dos quais pelo menos três em produção. De cada estipe nascem 6 a 8 cachos anualmente com cerca de 2.5 kg de frutos cada um. A radiação solar tem grande influência na produção e na qualidade dos frutos. Para uma boa produtividade o açaizeiro requer abundância de luminosidade. Havendo deficiência o florescimento pode ser retardado. Os tipos mais encontrados são o açaí preto, cujos frutos maduros têm polpa arroxeada, e o açaí branco, com frutos de coloração verde, mesmo quando maduras. O açaí preto é a variedade preferencial devido à sua maior abundância e por ser também mais resistente ao ataque de brocas. Os frutos são globosos, medindo de 1,1 a 1,5 cm de diâmetro. Possuem uma única semente, envolta por um tecido fibroso e coberta por uma camada de polpa fina e seca, porém levemente oleosa. O produto aqui considerado é a polpa extraída dos frutos do açaí, por processo que garante sua qualidade em termos de higiene e características organolépticas, e posteriormente congelada. O açaí tem um mercado de consumo tradicional e consolidado, na sua própria região de origem, a Amazônia, decorrente do hábito arraigado de sua população de tomar o “vinho” do açaí. Isto ocorre principalmente nos Estados do Pará e Amapá, onde o açaí constitui importante componente da alimentação básica de parte dos seus habitantes. Vale ressaltar a importância que o município de Gurupá tem uma excelente área adequada para instalação de agroindústrias de açaí, devi- do à sua imensa riqueza em açaizais nativos, favorecendo uma satisfatória oferta de matéria prima. Nos últimos anos da década de 90 nos estados da região do norte observou-se um importante fenômeno mercadológico no que respeita ao mercado nacional da polpa de açaí. Trata-se da crescente aceitação e consumo do produto na região sudeste do país, principalmente no Rio de Janeiro. Nesses novos centros de consumo o açaí passou a ser largamente utilizado por freqüentadores de academias de ginástica, de praias, esportistas e turistas gerando um novo e rentável campo de negócios para produtores e exportadores do açaí, principalmente do Estado do Pará. O consumo do açaí tornou-se uma espécie de moda nessa região e, se realmente tornar-se um hábito permanente, estará formado um mercado de grande importância para o produto. O açaizeiro necessita de uma série de tratos culturais, indispensáveis ao seu bom desenvolvimento tais como: a) roçagens – devem ser feitas três ou quatro roçagens por ano para evitar a concorrência das plantas daninhas; b) coroamento – limpeza do terreno em torno da planta evitando danos no caule e nas raízes emergentes. Pode ser capina, roçagem ou aplicação de herbicida; c) cobertura morta – colocação de restos das roçagens, folhas secas desprendidas do próprio açaizeiro, em torno da planta. O uso de cobertura morta é indispensável por favorecer a conservação da umidade do solo, que é um fator muito importante para o bom desenvolvimento e produtividade das plantas, e também para reduzir a ocorrência de plantas invasoras e incorporar matéria orgânica ao solo; d) desbaste dos perfilhos – três anos após o plantio, deve-se iniciar o manejo das touceiras, eliminando perfilhos. Recomenda-se manter de três a quatro plantas (as mais vigorosas) por touceira, desbastando-se os perfilhos excedentes. Quando as plantas atingem altura que dificulte a colheita dos frutos, deixa-se crescer novos perfilhos para, em seguida, cortar as plantas mais altas. Todo o material cortado deve ser reduzida a pedaços pequenos e utilizado como cobertura morta e fonte de matéria orgânica; e) adubação – nos dois primeiros anos aplicar 100 g de sulfato de amônio, 100 g de superfosfato triplo e 100 g de cloreto de potássio por planta/ano parcelada em duas vezes. A partir do terceiro ano essas quantidades devem ser dobradas mantendo-se parcelamento de duas vezes. No caso de plantio em várzea, dada a sua fertilidade natural, não é feita a adubação; f) controle de pragas e doenças – o açaizeiro pode ser atacado por pulgões pretos (Cerataphis lataniae) semelhantes a escamas, que formam grandes colônias, por lagartas esverdeadas que provocam o enrolamento dos folíolos, e por pequenos besouros que brocam os frutos na planta e no solo. Para controle dos pulgões aplicar na parte atacada da planta emulsão de óleo mineral na concentração de 0,1% do produto comercial. O ponto ideal para a colheita é aquele em que os frutos apresentam a casca de cor preta intensa, e recoberta por uma camada branco-acinzentada, com aparência de pó. Após a colheita, os frutos devem ser acondiciona- dos em embalagem que permitam bom arejamento e, enquanto não são transportados para o beneficiamento, devem ser deixados em local onde aqueçam o menos possível. O aquecimento provoca ressecamento e desidratação da polpa, tornando-os impróprios para o beneficiamento. Em condições naturais, o tempo máximo entre a colheita e o beneficiamento não deve ultrapassar 24 horas para que se obtenha um “vinho” sem fermentação. Fonte: pesquisas da EMBRAPA/ FASE/STTR-Gurupá

Um comentário:

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