21.9.15
Poesia entorpecida
Na capital as fumaças entorpecidas de ilusão
Uma forma de estar feliz no altar sagrado
Amo-te tua existência, capital morena, curando tua fraqueza.
Extensa na beleza de teus rios.
No alto da torre, vejo o relógio do tempo.
Não posso ficar parado, Corro contra as ilusões.
Até o limite do rio Guamá
Agradando meu íntimo caboclo
Faço de ti, uma bela poesia.
Beijando-te intensamente, doce inspiração amazônica.
Nas palafitas da vila da barca
Misturo-me numa dose pura de aguardente
Encho minha cara num bar decadente
Sequestro almas numa poesia sínica
Estranha alquimia branca
Na noite revelada das fumaças proibidas
Exaltados sentimentos.
De um poeta subversivo e anestesiado
Pela imagem urbana e suja da noite, vagando pelo silêncio.
És uma obra incompleta e inédita.
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